Fábrica inaugurada em Aracruz completa cadeia de produção da Suzano no Espírito Santo
19 de novembro de 2025Com capacidade para produzir 60 mil toneladas de papel tissue por ano, unidade faz parte de projeto que inclui investimento total de R$ 1,17 bilhão em solo capixaba
Inauguração oficial da nova caldeira de biomassa – Foto: Divulgação
A Suzano inaugurou oficialmente nesta terça-feira (18) uma fábrica de papel tissue em Aracruz (ES). Com investimento de R$ 650 milhões, a unidade completa a cadeia de produção da empresa no Espírito Santo – dos plantios florestais ao produto final, como os papéis higiênicos das marcas Neve®, Mimmo® e Max Pure® – e reforça o papel do estado como polo estratégico de bens de consumo da companhia.
A nova fábrica de tissue terá capacidade para 60 mil toneladas por ano, convertida em papéis higiênicos prontos para comercialização. O investimento faz parte de um pacote de R$ 1,17 bilhão concluído em 2025, que inclui um montante de R$ 520 milhões em uma moderna caldeira de biomassa, com capacidade para gerar até 120 toneladas de vapor por hora. O equipamento traz mais estabilidade ao processo, ganhos de eficiência e produtividade, além de reforçar a sustentabilidade da produção já que o vapor gerado a partir da queima de resíduos de eucalipto – uma fonte 100% renovável – é utilizado no processo fabril e convertido em energia.
Beto Abreu e Renato Casagrande na inauguração da nova fábrica de tissue da Suzano em Aracruz – Foto: Divulgação
Metade da produção de papel tissue será convertida na própria unidade de Aracruz, e o restante enviado para a conversão na unidade de Cachoeiro de Itapemirim (ES), inaugurada em 2021, que vinha sendo abastecida com bobinas produzidas pela Suzano no sul da Bahia e no Maranhão. Com essa integração, a companhia reduz custos logísticos e emissões de CO₂ e fortalece o abastecimento do mercado consumidor do Sudeste, atendido também pelas plantas de Cachoeiro de Itapemirim e Mogi das Cruzes (SP).
Dotada de tecnologia italiana, a fábrica de tissue incorpora um sistema moderno no processo produtivo, de forma sustentável e altamente competitivo. A expectativa é alcançar plena capacidade de produção em seis meses, segundo avalia o vice-presidente executivo de Bens de Consumo da Suzano, Luís Bueno.
O executivo destaca os ganhos operacionais e ambientais proporcionados pela unidade. “Ao construir uma fábrica de papel dentro de uma planta de celulose, reduzimos drasticamente o transporte e o consumo energético, aproveitando toda a infraestrutura existente, o que traz ganhos logísticos, econômicos e ambientais importantes”, salienta Bueno.
Inauguração oficial da nova fábrica de tissue, em Aracruz – Foto: Divulgação
A fábrica de Aracruz é a sétima unidade de bens de consumo da Suzano, e sua inauguração reforça o compromisso e a confiança da companhia neste mercado. Com ela, a empresa eleva para 340 mil toneladas/ano a sua capacidade instalada no setor de papel tissue, um segmento cujo mercado no Brasil é de 1,4 milhão de toneladas anuais.
O investimento na nova fábrica de tissue foi viabilizado por meio do aproveitamento de créditos de ICMS de exportações detidos pela Suzano, medida aprovada pelo Governo do Estado do Espírito Santo. A iniciativa demonstra o papel estratégico do poder público estadual no estímulo à verticalização da produção da indústria local, atraindo novos investimentos e contribuindo para fortalecer a economia capixaba.
Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, compareceu ao evento de inauguração da Suzano – Foto: Divulgação
“Com a inauguração da nova fábrica da Suzano, vamos ter no Espírito Santo toda a cadeia de produção do papel: da árvore até o produto para consumo final.
E qual o papel do governo do Estado nisso tudo? É mostrar que o poder público e os empreendedores podem trabalhar em perfeita parceria com a missão de criar um ambiente de segurança e confiança para quem quer investir e gerar emprego.
Como no caso da Suzano: uma vez que as exportações de celulose são isentas de ICMS, a empresa tem um grande crédito fiscal nos cofres do estado. Ao invés de deixar esse dinheiro parado, o que não é bom para ninguém, autorizamos a Suzano a usar esses créditos para investir em uma nova fábrica. O resultado é o que estamos vendo: uma nova indústria moderna, que gera renda e empregos diretos e indiretos. Isso mostra que, quando o poder público, a iniciativa privada e a sociedade trabalham juntos, desempenhamos um papel muito mais ousado no desenvolvimento da nossa economia.”, afirma Renato Casagrande, governador do Espírito Santo.