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Evangélicos podem desbancar os católicos em pouco mais de uma década, no Brasil

17 de janeiro de 2020

Evangélicos podem desbancar os católicos em pouco mais de uma década, no BrasilFoto: Divulgação

Após cinco séculos de predomínio da Santa Sé, vem aí a era da maioria evangélica – os “crentes”. A previsão é de José Eustáquio Alves, doutor e pesquisador em demografia.

José Eustáquio, que se aposentou este ano do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou uma pesquisa que diz que, a partir de 2032, fiéis evangélicos serão maioria no Brasil, desbancando os católicos para o segundo lugar.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo terça-feira (14), Alves aponta que os principais motivos para o crescimento desta fé nos últimos anos foram o ativismo evangélico, a passividade católica e maior participação de igrejas evangélicas na política, assim como é visto no governo de Jair Bolsonaro.

Alves mostra que o fenômeno reflete uma tendência brasileira de mais de uma década. Entre 1991 e 2010, os católicos caíram 1% ao ano, enquanto os evangélicos cresciam 0,7%. Segundo o pesquisador, se aplicar estas taxas num modelo de projeção geométrica, é possível chegar à previsão de que evangélicos serão maioria em pouco mais de 10 anos.

Ele acrescenta que, de 2010 até hoje, o crescimento do número de evangélicos foi ainda superior. Dessa forma, Alves projeta que a partir de 2022, ano em que o Brasil comemora sua independência, os fiéis ao papa devem encolher para menos de 50% e, dez anos depois, seriam 38,6% da população. Já os evangélicos alcançariam em 2032 a marca dos 39,8%, tornando-se a religião predominante no país.

O país vive há três décadas uma transição religiosa que poderá, em 10 anos, destronar o catolicismo como a maior fé nacional.

Valedoitaunas



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