EUA executam quinto prisioneiro federal após interrupção de 17 anos
29 de agosto de 2020Keith Nelson, de 45 anos, foi declarado morto nesta tarde na câmara de execução do Departamento de Justiça dos EUA, em Terre Haute
Presídio federal dos EUA em Terre Haute, Indiana – Foto: Bryan Woolston/Reuters
O governo dos Estados Unidos executou Keith Nelson, assassino de uma criança de 10 anos, na tarde desta sexta-feira (28), na quinta execução desde que retomou a pena de morte nos últimos meses, depois um hiato de 17 anos.
Nelson, de 45 anos, foi declarado morto às 16h32 (horário local) na câmara de execução do Departamento de Justiça dos EUA em Terre Haute, no Estado de Indiana, após ser injetado com doses letais de pentobarbital, um poderoso barbitúrico, de acordo com um representante da mídia que testemunhou a execução.
Foi a segunda execução dos EUA nesta semana, depois que Lezmond Mitchell, outro assassino condenado, foi morto na quarta-feira. O governo do presidente Donald Trump, um defensor da pena de morte para crimes graves, já realizou mais execuções federais do que nos 57 anos anteriores.
Sem receita
Na quinta-feira, uma juíza federal que supervisiona as contestações legais ao protocolo de execução de Nelson e outros presos no corredor da morte decidiu que o protocolo do Departamento de Justiça viola as leis de segurança de drogas.
A juíza Tanya Chutkan, do Tribunal Distrital dos EUA em Washington, determinou que a execução de Nelson fosse adiada até que o Departamento de Justiça revisasse seu protocolo para cumprir a Lei de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos, incluindo a exigência de que um medicamento só pudesse ser emitido mediante receita médica.
O Departamento de Justiça contestou a liminar que adiava a execução no Tribunal de Apelações dos EUA para o Circuito do Distrito de Columbia. O tribunal de apelações anulou a liminar na noite de quinta-feira, determinando que Chutkan não havia estabelecido que as violações da lei constituíam "dano irreparável".
Valedoitaúnas/Informações R7