Estados Unidos registram primeira falência bancária
07 de abril de 2020Um pequeno banco no Estado de Virgínia foi o primeiro a falir em decorrência do surto da doença
Foto: Divulgação
A pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) e a crise econômica resultante da doença, que já infectou mais de 1,3 milhão de pessoas, trouxeram sua primeira consequência para o mercado bancário. Nos Estados Unidos, um pequeno banco foi o primeiro a falir em decorrência do surto da doença.
O The First State Bank, localizado no estado da Virgínia Ocidental , entrou em falência na sexta-feira (3). A informação foi divulgada pelo portal Infomoney na segunda-feira (6), e confirmada nos EUA pelo FDIC (Federal Deposit Insurance Corporation), órgão regulador do setor bancário.
Problemas antigos
Embora a falência tenha sido desencadeada pelo surto de Covid-19, o FDIC afirmou que o banco já apresentava problemas desde 2015. Em 2019, a quantidade de ativos em custódia no banco era de apenas US$152 milhões (cerca de R$ 806 milhões na cotação atual), um valor muito baixo para uma instituição bancária.
Após o pedido de falência, os valores em depósitos detidos pelo The First State (US$139 milhões – cerca de R$737 milhões) foram adquiridos por outro banco, o MVB Bank.
O processo de aquisição foi bastante veloz e as quatro agências do The First State foram reabertas como agências do MVB já no sábado (4).
Riscos ao sistema?
Embora o The First State seja um banco de porte muito pequeno em comparação com o sistema norte-americano, uma falência bancária é sempre motivo de preocupação. Basta lembrarmos que o estopim da crise de 2008 foi justamente uma falência bancária – a quebra do Lehmann Brothers, ocorrida em 15 de setembro daquele ano.
A preocupação com a solidez do sistema bancário para sobreviver a tempos de crise é real em todo o mundo. Na Europa, especialmente, o sistema possui fragilidades que podem desencadear problemas caso a pandemia e a paralisação da economia se estendam por mais tempo.
Por outro lado, uma crise bancária sistêmica em uma grande economia global pode ser positiva para o Bitcoin. Como vimos em casos mais localizados (como Grécia, Chipre e Venezuela), o criptoativo tende a ser uma excelente ferramenta de refúgio em casos de crises de confiança no sistema bancário. A falência de um grande banco pode ser o gatilho que o Bitcoin precisa para ter um novo impulso de alta.
Valedoitaunas/Informações iG