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Está com coceira lá embaixo? Entenda quais podem ser os motivos

21 de dezembro de 2019

Está com coceira lá embaixo? Entenda quais podem ser os motivos

Mesmo sendo um assunto que pouca gente está disposta a falar sobre, quase tudo mundo já teve. Sim, a coceira chata lá embaixo (seja na região da vulva, vagina ou pélvis), tem inúmeras causas. E na maioria das vezes pode ser evitada com hábitos simples. “Higienização correta após trocas de absorventes e relações sexuais, uso adequado de sabonetes para a região (que tenham um pH levemente ácido), evitar as duchas íntimas e a ingestão exagerada do açúcar são alguns cuidados que devemos adotar”, afirma a médica ginecologista Fernanda Torras Correia, obstetra e mastologista especialista pela e Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e pela Sociedade Brasileira de Mastologia.

Mas afinal, o que pode estar causando o incômodo? Apesar de ser imprescindível visitar seu médico em todos os casos, listamos, com a ajuda da Fernanda Torras, 7 motivos para a coceira na vagina:

1 – Candidíase

Todos os órgãos femininos saudáveis contém o fungo Candida albicans em pequenas quantidades. O problema é que, em alguns casos, ele pode proliferar em excesso e gerar a candidíase, que vem acompanhada de sintomas como inflamação vaginal, ardência, coceira e uma secreção esbranquiçada. Por isso, preste atenção. A candidíase tende a aparecer por conta do uso de roupas íntimas úmidas, estresse, dietas ricas em açúcar e abuso de antibióticos.

2 – Alergias

“A coceira vulvar ou vaginal, sem sinais de secreção, inflamação e infecção (mesmo depois de realizados os exames clínicos ginecológicos) pode ser associada a processos alérgicos”, explica a ginecologista. Muita gente tem sensibilidade a sabonetes íntimos, sabão em pó, absorventes e até camisinha, sabia? Se esse for o seu caso, vai ser preciso investigar qual o motivo da sua coceira. E suspender imediatamente o contato com ele.

3 – DSTs

Fernanda afirma que apesar de a candidíase ser a principal responsável pelas coceiras genitais (e ela não é uma DST, viu?), doenças sexualmente transmissíveis também causam o incômodo lá embaixo. Alguns exemplos são a herpes genital, clamídia, tricomoníase e até mesmo o HPV, que vem acompanhado de pequenas verrugas.

4 – Roupas muito apertadas

O quadro piora nos dias mais quentes. Isso porque o tecido abafa a região, favorece a sudorese e aumenta a temperatura local. E você provavelmente já sabe: locais quentes e úmidos favorecem a proliferação de fungos e bactérias.

5 – Alterações do pH da região

Sim, a nossa vagina possui um pH próprio, que é alterado por fatores como o sabonete, higiene inadequada, fatores alimentares e cansaço. “O descontrole da flora vaginal pode vir de uma proliferação de fungos (pH mais ácido que o normal) ou bacteriana (pH mais alcalino que o normal)”, diz a médica. Nos dois casos, há o aparecimento da coceira.

6 – Alergia a sêmen

Oi? É realmente possível? “Sim, pode ocorrer, apesar de ser raro. É mais comum em mulheres com um histórico prévio de alergias, rinite e asma”, explica Fernanda. E os sintomas mais frequentes são coceira onde houve o contato com o sêmen, vermelhidão, secreção local, ardência, e, em algumas mulheres, até inchaço e protuberâncias na pele.

7 – Anticoncepcional ou alterações hormonais

Pessoas que estão entrando ou já entraram na menopausa sentem mais coceira devido à falta do hormônio estrogênio no organismo. Isso porque as poucas quantidades da substância no corpo deixam a pele mais fina, sensível e suscetível a infecções. “O período pré-menstrual é o mais ácido do ciclo, podendo ocasionar candidíase e coceira. Algumas pílulas também podem gerar os sintomas dependendo de sua dose de estrogênio”.

Imagem/Ilustrativa



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