Muitas pessoas já podem ter tido a inflamação, mas sequer se deram conta dos sintomas

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O Espírito Santo registrou quase 2 mil casos de gastroenterite viral apenas durante as primeiras semanas de janeiro de 2024. Os dados levam em consideração apenas casos contabilizados, não levando em conta pessoas que tiveram a doença e não procuraram atendimento médico.

Uma das pessoas que sofreu com a inflamação, foi a estudante Letícia Dutra de Farias Martins, de 9 anos. Ela conta que as dores foram extremamente fortes desde o início. 

"Parecia que eu ia morrer. Minha vontade era de deitar na cama e dormir", contou a menor.

As dores da menina foram tão fortes, além de queimação e náuseas, que a mãe dela, a advogada Aline Dutra, não teve outra alternativa a não ser procurar atendimento médico.

Ela relata que a filha começou a se sentir mal na noite de quinta-feira, e logo depois começou a vomitar bastante, o que justificou a ida a um pronto-socorro.

"Ela relatou como se fosse uma queimação no estômago e logo durante a madrugada de quinta para sexta-feira ela começou com episódios de vômito, e não pararam. Então quando deu sexta-feira a tarde, eu não tive outra alternativa se não levá-la ao pronto-atendimento para poder verificar, onde ficou constatado que era realmente gastroenterite".

De acordo com Aline, após o susto, a filha se recupera bem, mas alguns cuidados com a alimentação ainda são necessários, além de bastante água.

"Está a base de água de coco, alimentação bem leve, está se recuperando bem. Muita hidratação".

O que é gastroenterite

Muitas pessoas já podem ter tido a inflamação, mas sequer se deram conta dos sintomas. Mas, de acordo com o gastroenterologista Felipe Bertollo, é preciso prestar atenção aos sinais.

De acordo com ele, este é um quadro que pode afetar o estômago chegando até os intestinos, causando diarreia, vômitos e mal-estar.

"É uma inflamação que acontece no estômago, no intestino, e principalmente se expressa com náuseas, vômitos, mal-estar, diarreia, febre baixa, dor abdominal, geralmente esse é o quadro clínico dessa inflamação, que pega desde o estômago até o intestino", disse Felipe Bertollo.

Por se tratar de um vírus, a doença é transmissível, por isso, de acordo com o médico, se prevenir é necessário. A forma de prevenção, segundo ele, é bem simples: lavar as mãos, principalmente depois de ir ao banheiro.

"A melhor maneira de se prevenir a disseminação do vírus é lavar bem as mãos. Porque a gente acaba entrando em contato com secreção e essa secreção intestinal, as fezes, é ali que mora o vírus. Então toda a vez que a gente vai ao banheiro, que usa o toalete de alguma maneira, tem que lavar muito bem a mão, porque ali é a principal maneira de transmissão", finalizou o gastroenterologista.

(Fonte: Folha Vitória)