Empresário é preso por vender carne de cavalo como bovina
16 de fevereiro de 2021Estabelecimento comercial também vendia carne de javali como se fosse suína
Policiais civis interditaram o estabelecimento que realizava a venda das carnes fraudadas – Foto: Divulgação/Polícia Civil de SC
A Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu, nesta terça-feira (16), a prisão preventiva do proprietário de uma casa de carnes na cidade de Tubarão, além de interditar o estabelecimento. O comércio, investigado pela Operação Horse, é acusado de vender carne fraudada.
No açougue, eram vendidas carne de cavalo e de javali como se fossem, respectivamente, bovina e suína. A esposa do empresário, sócia-proprietária do estabelecimento, foi impedida pela 2ª Vara Criminal de Tubarão de exercer sua atividade.
O caso foi descoberto depois da polícia flagrar um abatedouro clandestino em Imaruí, a 75 quilômetros de Tubarão, em agosto do ano passado. De acordo com a investigação, o empresário manteria o local para abastecer a casa de carnes. Na ocasião, dois homens foram presos e confessaram enviar as carnes para o açougue de Tubarão.
"Já tínhamos recebido algumas informações de que esse estabelecimento vendia carne fraudada, mas não conseguimos provas que indicassem isso. Em agosto, quando essa dupla foi presa, ambos acabaram confirmando que a carne dos cavalos abatidos era para o açougue", afirmou o delegado André Crisóstomo ao Uol.
Amostras de carne vendidas no açougue foram encaminhadas para Brasília para exame pericial no Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal. Após sequenciamento genético, foi constatado que havia carne de cavalo e de búfalo misturadas à carne bovina.
Além da carne fraudada, a fiscalização encontrou outras irregularidades no açougue, como o armazenamento de carne estragada junto com as demais, peças de carne sem identificação de procedência, higiene precária e "forte odor pútrido", como informa a Polícia Civil.
Os donos do estabelecimento irão responder à Justiça por receptação qualificada e crimes contra as relações de consumos. A condenação pode ser de até 18 anos de reclusão.
Valedoitaúnas/Informações iG