Empresária morre após fazer seis cirurgias plásticas simultâneas
01 de outubro de 2024Viviane Lira Monte, de 24 anos, morreu após complicações advindas de um combo de cirurgias plásticas, que incluía lipoaspiração e redução de mamas
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A empresária Viviane Lira Monte, de 24 anos, morreu, após realizar seis cirurgias plásticas simultâneas, em Sobral, no Ceará. O procedimento, realizado em 31 de agosto, incluía redução de mamas e lipoaspiração no abdômen, nos braços, nas costas e no pescoço, além de lipoenxertia glútea (enxerto nos glúteos de gordura retirada de outra parte do corpo).
De acordo com a família, Viviane, que juntou dinheiro por dois anos para o procedimento, recebeu alta um dia após as cirurgias e passou mal em casa. Ela foi internada em estado grave e morreu após mais de 20 dias na UTI.
O caso gerou grande repercussão após Renan Santiago, companheiro da empresária, afirmar que o médico responsável pelo procedimento deixou a paciente desassistida após o primeiro dia de internação e viajou para o Rio de Janeiro, onde também atua.
Segundo Renan, "ela sempre sonhou em diminuir as mamas por causa das dores na coluna, mas acabou fazendo mais procedimentos após uma conversa com o cirurgião". Viviane morreu um dia antes de completar 25 anos.
A Polícia Civil do Ceará (PCCE) está investigando o caso como "morte suspeita". Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE) informou que a Delegacia Municipal de Sobral conduz as investigações, realizando oitivas e diligências para esclarecer o ocorrido.
Cirurgias combinadas e seus riscos
Cirurgias combinadas, como as realizadas por Viviane, são comuns em diferentes áreas da medicina, conforme explica o cirurgião Felipe Motta.
“Realizar múltiplos procedimentos durante um único protocolo anestésico pode ser vantajoso, mas também aumenta os riscos. A segurança do paciente depende da avaliação pré-operatória e de sua saúde geral", ressalta Motta.
Ele explica que o trauma metabólico causado por múltiplas cirurgias pode ser muito alto e, em alguns casos, contraindicado.
A defesa do médico citado pela família não foi localizada até o momento para comentar o caso.
(Fonte: ND+)