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Em visita à Hungria, Bolsonaro fala de meio ambiente e crise Rússia-Ucrânia

17 de fevereiro de 2022

Ele se reuniu com o presidente János Áder e o primeiro-ministro Viktor Orbán nesta quinta; líderes acenaram a acordos entre países

Em visita à Hungria, Bolsonaro fala de meio ambiente e crise Rússia-UcrâniaO presidente Jair Bolsonaro – Foto: Estevam Costa/PR

Em visita à Hungria, o presidente Jair Bolsonaro conversou com as lideranças do país sobre meio ambiente, acordos internacionais e a crise entre Rússia e Ucrânia. O chefe do Executivo brasileiro se reuniu nesta quinta-feira (17) em Budapeste com o presidente János Áder. Em seguida, participou de uma cerimônia de assinatura de atos internacionais de cooperação com o primeiro-ministro do país, Viktor Orbán.

"Eu tive uma conversa com o presidente da Hungria. Ele focou mais na questão ambiental. Eu tive a oportunidade de falar pra ele o que representa a Amazônia para o Brasil e para o mundo. E muitas vezes as informações sobre essa região chegam para fora do Brasil de forma bastante distorcida, como se fôssemos os grandes vilões no que se leva em conta a preservação da floresta e sua destruição, coisa que não existe", disse Bolsonaro.

Segundo o presidente, o líder da Hungria tinha dúvidas sobre o papel do Brasil na conservação da Amazônia. Bolsonaro afirmou que 63% do território nacional é preservado e que o país tem uma atuação ímpar, que "não se encontra isso em praticamente nenhum outro país do mundo".

"Nós nos preocupamos até mesmo com o reflorestamento, coisa que não vejo nos países da Europa, como um todo. Então essa informação, essa desinformação, passa para um lado de ataque à nossa economia, que vem em grande parte do agronegócio".

Em visita à Hungria, Bolsonaro fala de meio ambiente e crise Rússia-UcrâniaBolsonaro recepcionado na Hungria – Foto: Youtube/Reprodução

Sobre a crise entre Rússia e Ucrânia, o presidente conversou com o primeiro-ministro da Hungria. Bolsonaro declarou que a guerra geralmente não interessa a ninguém no mundo e que todos perdem com o conflito, especialmente as nações vizinhas ao palco das batalhas. Ele voltou a mencionar a retirada de tropas russas da fronteira com a Ucrânia.

"Passei um sentimento que tive, dessa viagem. Até mesmo pela coincidência de ainda estarmos em voo para Moscou e parte das tropas russas ser desmobilizada da fronteira. Entendo, sendo coincidência ou não, como um gesto de que a guerra realmente não interessa a ninguém".

Acordos comerciais

Bolsonaro também falou sobre a possibilidade de acordos entre Brasil e Hungria. Ele e o primeiro-ministro Viktor Orbán assinaram atos internacionais de cooperação em assuntos humanitários. A cerimônia contou com a presença dos ministros Carlos França, das Relações Exteriores, e Braga Netto, da Defesa.

O presidente do Brasil afirmou que os países mantêm bom relacionamento e que há afinidades em "praticamente todos os aspectos". Bolsonaro classificou de "ímpar" a relação entre as nações e chamou o primeiro-ministro húngaro de "irmão".

“Então a possibilidade de ampliarmos as nossas relações comerciais, bem como outras ações. Como disse, muito bem disse, e se mostrou preocupado hoje pela manhã, o presidente da Hungria, isso faz apenas fortalecer cada vez mais esse nosso relacionamento”.

Bolsonaro lembrou que 100 mil húngaros vivem no Brasil e que há muitos brasileiros na Hungria, especialmente estudantes. "Essa passagem aqui é rápida, mas deixará certamente um grande legado aos nossos povos", disse Bolsonaro.

A agenda desta quinta prevê um almoço entre as lideranças. Ao final da tarde, Bolsonaro terá uma reunião com o presidente da Assembleia Nacional da Hungria, László Köver. O presidente anunciou que vai retornar ao Brasil logo depois desses compromissos. Ele desembarca no Rio de Janeiro na sexta-feira (18), onde deve sobrevoar a cidade de Petrópolis, afetada por fortes chuvas.

Valedoitaúnas (R7)



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