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Em pronunciamento na TV, Bolsonaro promete vacina para toda a população até o fim do ano

03 de junho de 2021

Ritmo da vacinação é lento. Até esta terça-feira, 10,6% dos brasileiros (22,6 milhões de pessoas) tinham recebido duas doses de vacina, necessárias para assegurar a imunização

Em pronunciamento na TV, Bolsonaro promete vacina para toda a população até o fim do anoPresidente Jair Bolsonaro, em pronunciamento nesta quarta-feira (2) – Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (2), durante pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, que todos os brasileiros que quiserem serão vacinados até o fim do ano contra a Covid-19 – durante o pronunciamento, houve panelaços em todo o país.

Até agora, passado cerca de um ano e meio do início da pandemia, o ritmo de vacinação é lento no Brasil. Até esta terça-feira, 10,6% dos brasileiros (22,6 milhões de pessoas) tinham recebido duas doses de vacina, necessárias para assegurar a imunização.

"O Brasil é o quarto país que mais vacina no planeta. Neste ano, todos os brasileiros que assim o desejarem serão vacinados, vacinas essas que foram aprovadas pela Anvisa", afirmou.

Ele disse que, nesta quarta, o governo atingiu a marca de 100 milhões de doses de vacinas distribuídas a estados e municípios.

Na sequência do pronunciamento, Bolsonaro mencionou o acordo de transferência de tecnologia entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a AstraZeneca para produção de vacinas.

Segundo o presidente, o acordo permitirá ao Brasil entrar na "elite" de países que produzem vacina.

A Fiocruz já informou que a produção do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima dos imunizantes, começará neste mês e que as primeiras doses 100% nacionais serão entregues em outubro.

"Ontem, assinamos acordo de transferência de tecnologia, para produção de vacinas no Brasil, entre AstraZeneca e Fiocruz. Com isso, passamos a integrar a elite de apenas cinco países que produzem vacinas contra a Covid no mundo", declarou Bolsonaro.

Bolsonaro, que sempre atacou as medidas restritivas necessárias para controle da pandemia, disse no pronunciamento que o governo federal "não obrigou ninguém a ficar em casa, não fechou o comércio, não fechou igrejas ou escolas".

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e as entidades médicas preconizam, desde o ano passado, medidas para evitar a disseminação do coronavírus, entre as quais o isolamento social.

"O nosso governo joga dentro das quatro linhas da Constituição, considera o direto de ir e vir, o direito ao trabalho e o livre exercício de cultos religiosos inegociáveis", acrescentou.

Copa América

Bolsonaro também mencionou no pronunciamento a realização da Copa América de futebol no Brasil.

A escolha do Brasil como sede tem sido criticada por especialistas em saúde pública em razão do atual cenário da pandemia no país.

Segundo o consórcio de veículos de imprensa, o Brasil soma quase 468 mil mortes or Covid; 92,1 mil casos foram confirmados nas últimas 24 horas, o maior número desde março.

"Seguindo o mesmo protocolo da Copa Libertadores e eliminatórias da Copa do Mundo, aceitamos a realização, no Brasil, da Copa América", declarou Bolsonaro no pronunciamento.

Economia

Bolsonaro também dedicou parte do pronunciamento à economia.

Mencionou o pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia; a sanção da lei que tornou permanente o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe); e a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021.

Embora no pronunciamento Bolsonaro tenha dito que o crescimento do PIB projetado para 2021 seja "superior a 4%", o Boletim Macrofiscal do Ministério da Economia, divulgado no último dia 18, estima crescimento de 3,5%. Segundo o Relatório Focus, do Banco Central, a previsão do mercado financeiro é de alta de 3,9%.

Íntegra

Leia abaixo a íntegra do pronunciamento do presidente:

Boa noite,

Sinto profundamente cada vida perdida em nosso país.

Hoje alcançamos a marca de 100 milhões de doses de vacinas distribuídas a estados e municípios.

O Brasil é o quarto país que mais vacina no planeta.

Neste ano, todos os brasileiros, que assim o desejarem, serão vacinados. Vacinas essas que foram aprovadas pela Anvisa.

Ontem, assinamos acordo de transferência de tecnologia para a produção de vacinas no Brasil entre a AstraZeneca e a Fiocruz.

Com isso, passamos a integrar a elite de apenas cinco países que produzem vacina contra a Covid no mundo.

O nosso governo não obrigou ninguém a ficar em casa, não fechou o comércio, não fechou igrejas ou escolas e não tirou o sustento de milhões de trabalhadores informais.

Sempre disse que tínhamos dois problemas pela frente, o vírus e o desemprego, que deveriam ser tratados com a mesma responsabilidade e de forma simultânea.

Destinamos, em 2020, R$ 320 bilhões para o auxílio emergencial para atender aos mais humildes.

Esse montante equivale a mais de dez anos de Bolsa Família. E mais de R$ 190 bilhões para ajudar estados e municípios.

Alguns setores como bares e restaurantes, turismo, entre outros, em grande parte foram socorridos pelo nosso governo por meio do Pronampe (Programa Nacional de Apoio as Microempresas e Empresas de pequeno porte.)

Hoje mesmo sancionamos a nova lei do Pronampe, agora permanente, que pode destinar a vários setores até 25 bilhões de reais, onde 20% será destinado ao setor de eventos.

Terminamos 2020 com mais empregos formais que 2019. Somente nos primeiros quatro meses deste ano, o Brasil criou mais de 900 mil novos empregos.

O PIB projetado para 2021 prevê um crescimento da economia superior a 4%.

Só no 1º trimestre deste ano, a economia mostrou seu vigor, estando entre os países do mundo que mais cresceram.

Com o Congresso Nacional estamos avançando, aprovamos:

  • a nova lei do gás;
  • o marco legal do saneamento;
  • a MP da Liberdade Econômica;
  • o Banco Central independente; e
  • o novo marco fiscal.

Realizamos leilões de rodovias, portos e aeroportos.

Levamos internet para mais de 8 milhões de brasileiros em grande parte para as regiões Norte e Nordeste.

Ontem, a Bolsa de Valores bateu recorde histórico, a moeda brasileira se fortalece, e estamos avançando no difícil processo de privatizações.

A Ceagesp, sob um comando honesto e responsável apresentou, além de lucro, um ambiente salutar entre os permissionários e funcionários.

Essa companhia socorreu nossos irmãos de Aparecida e Araraquara, entre outras cidades do interior de São Paulo, doando dezenas de toneladas de alimentos.

As estatais, no passado, davam prejuízo de dezenas de bilhões de reais devido à corrupção sistêmica e generalizada. Hoje são lucrativas.

Nos dois primeiros anos do nosso Governo, a Caixa Econômica Federal bateu recorde de lucro mesmo reduzindo os juros do cheque especial, da casa própria, das micros e pequenas empresas e dos empréstimos às Santas Casas.

Estamos avançando na transposição do Rio São Francisco, levando água para todo o Nordeste.

Na infraestrutura, o nosso Governo tem construído pontes, duplicado rodovias, terminando obras paradas há décadas, como a BR-163 no Pará.

Ainda neste ano, será concluída a Ferrovia Norte-Sul, que ligará o Porto de Itaqui, no Maranhão, ao Porto de Santos, em São Paulo, é a retomada do modal ferroviário no Brasil.

Seguindo o mesmo protocolo da Copa Libertadores e Eliminatórias da Copa do Mundo, aceitamos a realização, no Brasil, da Copa América.

O nosso Governo joga dentro das quatro linhas da constituição, considera o direto de ir e vir, o direito ao trabalho e o livre exercício de cultos religiosos inegociáveis.

Todos os nossos 22 ministros consideram o bem maior de nosso povo a sua liberdade.

Que Deus abençoe o nosso Brasil.

Valedoitaúnas/Informações G1



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