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A crise provocada pela covid-19 deixou milhares de desempregados no Paquistão, como em vários países. Mas o governo de lá teve uma ideia criativa e resolveu dois problemas com apenas uma ação: contratou 63 mil pessoas para plantar 10 bilhões de árvores e está movimentando a economia.

Elas estão sendo chamadas de “trabalhadores da selva” e já começaram a plantação de mudas em todo o país, que fica na Ásia Meridional, entre a Índia e o Afeganistão.

A medida faz parte do projeto de reflorestamento, depois das inundações e tsunamis que atingiram o país na última década.

Alívio

Para quem estava desempregado, a notícia foi um alívio.

“Devido ao coronavírus, todas as cidades fecharam e não há trabalho. A maioria de nós não ganhava a vida diariamente. Todos nós agora temos uma maneira de ganhar dinheiro novamente para alimentar nossas famílias”, disse Rahman, morador do distrito de Rawalpindi, à Thomson Reuters Foundation.

Rahman revela que recebe 500 rúpias, cerca de 15 reais por dia, plantando árvores. Dinheiro suficiente para ele sobreviver durante o bloqueio.

Projeto

Depois que se tornou primeiro-ministro do Paquistão, após as eleições gerais de 2018, Imran Khan lançou o desafio de plantio de 5 bilhões de árvores.

Quando a pandemia de coronavírus atingiu o Paquistão, a campanha de 10 bilhões de árvores tinha sido interrompida por causa do distanciamento social adotado para evitar a propagação do vírus.

Retomada

No início deste mês, o primeiro-ministro concedeu uma isenção e autorizou a agência florestal a recomeçar o programa para criar 63 mil postos de emprego, segundo autoridades do governo.

O trabalho, que paga entre 500 e 800 rúpias – de 15 a 25 reais por dia – inclui a instalação de viveiros, o plantio de mudas e a manutenção de guardas florestais, ou bombeiros, informou Malik Amin Aslam, consultor de mudanças climáticas do primeiro-ministro.

Além de impulsionar a economia, o governo cuida da natureza e do povo ao mesmo tempo.

Valedoitaúnas/Informações do Sunnyskyz