Home - Economia - Durante pandemia, 60 empresas são identificadas com indícios de fraude...

Durante pandemia, 60 empresas são identificadas com indícios de fraude no Espírito Santo

15 de junho de 2020

Durante pandemia, 60 empresas são identificadas com indícios de fraude no Espírito SantoFoto: Divulgação

Durante a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), de março até a primeira semana de junho, 60 empresas de diversos setores do Espírito Santo foram identificadas com suspeita de fraude pela Secretaria da Fazenda (Sefaz).

O secretário de Estado da Fazenda, Rogelio Pegoretti, explica que são empresas conhecidas como “laranjas” ou “noteiras”. "Elas simulam a existência, já que existem apenas no papel e não de fato, e simulam também suas operações, pois emitem documentos que não condizem com operações mercantis reais", disse.

Após averiguação de auditores fiscais, as empresas são intimadas para comprovarem a regularidade de suas operações, podendo ocorrer o bloqueio de emissão e recepção de documentos fiscais eletrônicos, como forma de minimizar o dano aos cofres públicos. "E, caso não haja a comprovação em até 60 dias, as inscrições estaduais poderão ser canceladas ou cassadas", explicou o gerente Fiscal da Secretaria da Fazenda, Bruno Aguilar.

De acordo com o subsecretário de Estado da Receita, Sergio Pereira Ricardo, as fraudes cometidas por essas empresas têm grande potencial lesivo à sociedade. "Essas fraudes podem gerar créditos inidôneos do ICMS, possibilitar o não registro da operação pelos reais destinatários ou reais emissores, e até mesmo acobertar cargas roubadas, registrar despesas fictícias, e permitir a lavagem de dinheiro de corrupção, por exemplo", afirmou.

O subsecretário acrescenta: "Nesses casos, é necessário um constante monitoramento e ação tempestiva da Receita Estadual para proteção ao erário", pontuou.

Operação Estado de Destino

Com a "Operação Estado de Destino", que visa a recuperar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido nas operações interestaduais, referente ao diferencial de alíquotas (DIFAL) entre o Estado de origem e o Estado de destino da mercadoria, foram recuperados R$ 4.643.830,53, neste período da pandemia.

Também neste período, por meio do acompanhamento contínuo dos auditores fiscais aos grandes contribuintes do Estado, foram recuperados mais de R$ 1,5 milhão de ICMS.

Outras ações

Também durante o período de pandemia, foram emitidos 561 planos de auditoria fiscal, priorizando os setores econômicos menos afetados pela crise causada pelo Covid-19, como o setor de supermercados e o de produtos farmacêuticos. Nas 207 ações fiscais já concluídas foram lavrados 447 autos de infração.

Algumas destas ações fiscais foram operações de trânsito, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Durante as operações, foi constatado o transporte de mercadorias sem documentação fiscal ou documentação inidônea. Destaque para cargas de cerveja proveniente de Estados do Nordeste.

O gerente fiscal Bruno Aguilar destacou que a sonegação é um mal que precisa ser combatido em qualquer época. “Os auditores fiscais estão sempre atuando para que os impostos devidos ao Estado não sejam sonegados e os comerciantes legalmente estabelecidos não sejam prejudicados pela concorrência desleal”, comentou.

Valedoitaúnas



banner
banner