Dono de falsa casa espírita é preso suspeito de dopar e estuprar mulheres alegando ‘cura espiritual’
10 de dezembro de 2021Polícia diz que o homem dopava as vítimas com remédios ministrados por ele, estuprava e, por vezes, as submetia a sessões de tortura com a desculpa de que retirava espíritos impuros
Francisco José dopava as vítimas com remédios ministrados por ele, estuprava e, por vezes, as submetia a sessões de tortura com a desculpa de que retirava espíritos impuros – Foto: Reprodução/TV Verdes Mares
Um líder religioso foi preso na manhã desta sexta-feira (10) suspeito de utilizar uma falsa casa espírita para estuprar mulheres que buscavam o local em busca de cura espiritual. O caso foi registrado na cidade do Crato, a 508 km de Fortaleza.
A "Operação Santo Nome em Vão" apurou que o ex-auxiliar de enfermagem Francisco José Alexandre de Sousa usava argumentos de curar as mulheres que buscavam cura de alguma doença. Segundo a Polícia Civil, Francisco José dopava as vítimas com remédios ministrados por ele, estuprava e, por vezes, as submetia a sessões de tortura com a desculpa que estava tirando espíritos impuros.
O acusado é proprietário de uma falsa casa espírita na cidade do Crato denominada "Lar Espírita Maria de Nazaré".
Banho medicinal e ameaças
Operação ocorreu na manhã desta sexta-feira na cidade do Crato – Foto: Reprodução/TV Verdes Mares
As vítimas também relataram passar por banhos ditos medicinais em que o acusado praticava atos libidinosos. Há também relatos de ameaças; uma das vítimas diz que teve uma arma apontada para a sua cabeça após o ex-auxiliar de enfermagem dizer que ela era sua "prometida" – fato que ele argumentava para várias mulheres alegando que sua esposa estava próximo de morrer.
Na casa do suspeito, no Bairro Mirandão, ele praticava rituais com velas, usando bebida alcoólica, tendo uma das denunciantes sofreu queimadura na mão. Os mandados foram cumpridos tanto na casa do denunciado como também na falsa Casa Espírita.
A "Operação Santo Nome em Vão" refere-se a um dos 10 mandamentos da Lei de Deus, sendo usado nessa operação em alusão ao acusado que usava o nome de Deus para praticar atos criminosos.
Francisco José Alexandre de Sousa é suspeito de estuprar, dopar e torturar mulheres sob pretexto de praticar rituais de purificação – Foto: Arquivo pessoal
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