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Donald Trump é considerado culpado em julgamento criminal em Nova York

31 de maio de 2024

Decisão não impede o ex-presidente de concorrer às eleições de novembro nos Estados Unidos

Donald Trump é considerado culpado em julgamento criminal em Nova YorkTrump chamou mais uma vez o juiz Juan Merchan de “corrupto”  Foto: Seth Wenig-Pool/Getty Images/AFP

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi considerado culpado em todas as 34 acusações no julgamento criminal em Nova York. A decisão foi anunciada pelos jurados nesta quinta-feira (30). O magnata é o primeiro presidente dos EUA condenado criminalmente na história.

No entanto, a decisão não o impede de concorrer às eleições de novembro e é quase certo que o ex-presidente recorra.

O juiz agradeceu ao júri por ter dado ao caso "a atenção que merece". Ele fixará a sentença contra Trump em 11 de julho.

Na primeira manifestação após a condenação, Trump chamou de "desgraça" seu veredicto de culpado. Segundo ele, o "veredicto real" será divulgado em 5 de novembro, em alusão ao dia das eleições presidenciais nos EUA.

Identidade dos jurados

Ao chegar ao tribunal de Manhattan nesta quinta, Trump, de 77 anos, chamou mais uma vez o juiz Juan Merchan, que preside o julgamento, de “corrupto”.

“Só quero dizer que é um dia muito triste para os Estados Unidos (...). Tudo está fraudado”, acrescentou o magnata.

A identidade dos membros do júri, formado por sete homens e cinco mulheres, foram mantidas em segredo para protegê-los de tensões políticas.

Nesta quinta, todos se retiraram da sala para deliberar a portas fechadas com suas anotações e um computador que possui acesso às evidências do caso.

Após algumas horas de trabalho, pediram para ouvir novamente trechos dos depoimentos de dois protagonistas do caso, o ex-editor de um tabloide próximo de Trump, David Pecker, e o ex-advogado e homem de confiança do ex-presidente, que é agora seu principal acusador, Michael Cohen.

Seus testemunhos abordam, em particular, uma reunião que tiveram com o magnata em agosto de 2015 na Trump Tower, em Nova York, onde elaboraram um plano para evitar qualquer possível escândalo que afetasse o futuro candidato à Casa Branca, mesmo que envolvesse pagamentos em troca do silêncio.

Trump, o 45º presidente dos Estados Unidos (2017-2021), é acusado de falsificar documentos contábeis de seu império Trump Organization para esconder um pagamento de US$ 130 mil à ex-atriz pornô Stormy Daniels em troca de seu silêncio sobre um suposto encontro sexual que tiveram em 2006.

Os promotores afirmam que a fraude tinha como objetivo evitar que os eleitores de 2016 soubessem de seu comportamento.

"Bom senso"

Nos seus argumentos finais na terça-feira (28), a equipe de defesa de Trump insistiu que as provas para uma condenação simplesmente não existem, enquanto a acusação respondeu que são volumosas e inevitáveis.

“A intenção de fraudar do réu não poderia ser mais clara”, disse o promotor Joshua Steinglass, instando os jurados a recorrerem ao “bom senso” e devolverem um veredicto de culpa.

Trump, forçado a comparecer a todas as audiências, usou as suas aparições para espalhar a sua afirmação de que o julgamento é uma manobra democrata para mantê-lo fora da campanha.

As pesquisas mostram que o republicano está lado a lado com o presidente Joe Biden, e o veredicto intensificará ainda mais a corrida pela Casa Branca.

Além do caso de Nova York, o magnata foi acusado em Washington e na Geórgia de conspiração para anular os resultados das eleições de 2020. Ele também enfrenta acusações na Flórida por ter levado enormes quantidades de documentos confidenciais depois de deixar a Casa Branca.

No entanto, o caso de Nova York é o único que provavelmente será julgado antes do dia das eleições.

(Fonte: Correio do Povo)



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