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‘Doença do beijo’: saiba tudo sobre os sintomas e tratamentos

13 de junho de 2024

A mononucleose infecciosa é causada pelo vírus Epstein-Barr, que pertence à família do Herpes 1 e 2

‘Doença do beijo’: saiba tudo sobre os sintomas e tratamentosBeijo pode transmitir herpes simples, gripe e mononucleose – Foto: FreePik

Você sabia que um beijo pode causar várias doenças? Mas fique tranquilo, a maioria não é grave, mas requer cuidados. A mais comum entre elas é a mononucleose infecciosa, conhecida popularmente como a ‘doença do beijo’, causada pelo vírus Epstein-Barr, que pertence à família do Herpes 1 e 2.

“Há também a possibilidade de contrair infecções sexualmente transmissíveis, como o HPV, herpes simples e a labial, sífilis e gonorreia, entre outras”, informa a infectologista Juliana Barreto, que atende no centro clínico do Órion Complex.

Barreto explica que a doença do beijo é mais incômoda do que efetivamente grave, e pode se resolver sozinha. “Mas as demais requerem tratamento, como a sífilis, o herpes simples e o HPV. E, para o HPV, é importante fazer a vacinação dos adolescentes”, orienta.

Aproximadamente 90% da população mundial possui o vírus do herpes alojado no organismo, mas apenas cerca de 10 a 15% dessas pessoas manifestam os sintomas. Contudo, segundo o Ministério da Saúde, entre 13% e 37% das pessoas que contraem esses vírus apresentem sintomas.

Essa infecção viral é transmitida a partir do contato com uma pessoa que esteja com a doença, mesmo que não tenha sinais aparentes.

O HSV-1 provoca gengivoestomatite e herpes labial, enquanto HSV-2 geralmente causa lesões genitais, sendo considerado uma infecção sexualmente transmissível (IST), caracterizada pelo surgimento de pequenas bolhas e úlceras dolorosas na região genital. Algumas pessoas podem estar infectadas e não apresentarem nenhum tipo de sintoma, enquanto outras podem tê-los apenas uma vez ou desenvolver a doença repetidamente.

Sintomas

Os sintomas mais frequentes são: febre, dor de garganta forte, mal-estar, dores no corpo, gânglios aumentados (ínguas) no pescoço, manchas pelo corpo e dor abdominal. 

“Os sintomas da mononucleose se confundem muito com gripe, Covid e amigdalite bacteriana”, afirma o infectologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU) Ricardo Calil Kores.

O especialista diz ainda que o diagnóstico “é feito com exame clínico e exames de sangue. É importante compartilhar com o profissional de saúde todo o histórico e hábitos antes dos sintomas”.

Tratamento

“O tratamento é feito com analgésicos, antitérmicos, anti-inflamatórios. Repouso e bastante hidratação”, segundo Kores, que ressalta não ser recomendada a automedicação.

“Uma vez sanadas as lesões, não há perigo para a contaminação pelo beijo”, diz Juliana Barreto.

Ainda, o infectologista do HC-UFU destaca que “a boa notícia é que a maioria das pessoas é exposta ao vírus da mononucleose ainda na infância, desenvolvendo imunidade permanente. Dessa forma, a maior parte delas já é imune ao vírus”.

(Fonte: iG)



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