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Desaprovação do trabalho de Lula entre os evangélicos cresce e chega a 62%

06 de março de 2024

Aprovação caiu 6 pontos percentuais e está em 35% entre os evangélicos. O levantamento ouviu eleitores de 120 municípios, entre 25 e 27 de fevereiro. A margem de erro neste recorte é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos

Desaprovação do trabalho de Lula entre os evangélicos cresce e chega a 62%Lula em encontro com evangélicos, em São Paulo, durante campanha presidencial Foto: André Ribeiro/Futura Press/Futura Press/Estadão Conteúdo

Pesquisa Quaest divulgada nesta quarta-feira (6) indica que, entre os evangélicos, o índice de desaprovação do trabalho de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é de 62%. Enquanto isso, 35% dos entrevistados deste público aprovam o trabalho que o presidente está fazendo.

O levantamento ouviu eleitores de 120 municípios, entre os dias 25 e 27 de fevereiro, e foi encomendado pela Genial Investimentos. A margem de erro neste recorte é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos.

A desaprovação do trabalho de Lula entre os evangélicos vem crescendo desde outubro do ano passado, atingindo o maior patamar desde que foi realizada a primeira pesquisa Quaest sobre o atual governo, em fevereiro de 2023.

Em relação ao levantamento anterior, divulgado em dezembro de 2023, a desaprovação entre os evangélicos cresceu 6 pontos percentuais, passando de 56% para 62%. Já a aprovação caiu 6 pontos percentuais, indo de 41% para 35%.

Aprovação, entre os evangélicos, do trabalho que o presidente Lula está fazendo

  • Desaprova: 62%
  • Aprova: 35%
  • Não sabem ou não responderam: 3%

A avaliação geral do governo também piorou entre os evangélicos, na comparação com o levantamento anterior. Em dezembro, 36% dos entrevistados avaliaram o governo de forma negativa. Agora, esse índice está em 48%.

Para Felipe Nunes, diretor da Quaest Pesquisa e Consultoria, um dos fatores que pode ter influenciado no aumento da avaliação negativa de Lula entre os evangélicos é a fala que o presidente teve sobre o conflito entre Israel e o Hamas.

No dia 18 de fevereiro, durante uma entrevista coletiva na Etiópia, o presidente comparou a resposta de Israel em Gaza à ação de Hitler contra judeus.

A fala repercutiu de forma negativa entre lideranças evangélicas que apoiam Israel. A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional, por exemplo, emitiu uma nota de repúdio.

"Os dados mostram que os evangélicos foram os que mais rejeitaram a comparação feita por Lula entre o que se passa em Gaza e o que aconteceu na Segunda Guerra. Não deve ser por acaso que a rejeição ao governo cresceu mais entre os evangélicos nos últimos meses", afirma Nunes.

Evangélicos se sentem menos cuidados

Outros dados da pesquisa apontam uma piora em relação à avaliação de Lula entre os evangélicos. Para 47%, por exemplo, o governo está indo pior do que se esperava. Esse número era de 30% em fevereiro de 2023.

Além disso, 56% dos entrevistados acreditam que o governo de Lula está sendo pior do que o de Jair Bolsonaro, enquanto 31% dizem que a atual gestão é melhor.

A Quaest também fez a seguinte pergunta aos entrevistados: "O governo Lula se preocupa com pessoas como você?". O dado geral apontou um empate entre sim e não, com 48% para cada.

Segundo a pesquisa, o grupo evangélico é o que apresentou o menor índice, com 36% deste público acreditando que o governo se preocupa com pessoas como eles. Veja a comparação na lista a seguir:

  • Nordeste: 67%
  • Até 2 sálarios mínimos: 59%
  • Pretos: 57%
  • Católicos: 56%
  • Feminino: 52%
  • Pardos: 51%
  • Masculino: 48%
  • Centro-Oeste/Norte: 47%
  • Mais de 5 salários mínimos: 46%
  • Sudeste: 44%
  • Entre 2 e 5 salários mínimos: 44%
  • Brancos: 44%
  • Sul: 39%
  • Evangélicos: 36%

(Fonte: g1)



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