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Deputada cassada por pagar harmonização com verba pública já fez novela

21 de junho de 2024

Ela dava vida para uma mulher considerada feia pelos outros personagens

Deputada cassada por pagar harmonização com verba pública já fez novelaDeputada trabalhou como atriz no passado – Foto: Reprodução

A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP), que teve seu mandato cassado na última quarta-feira (19) pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) por unanimidade, já atuou na novela "Uga Uga" (2000), interpretando a personagem indígena Crocoká.

Ela dava vida para uma mulher considerada feia pelos outros personagens, tanto que todos ficavam com medo. Para poder fazer o papel, Waiãpi precisou usar uma prótese dentária.

A produção de humor foi um grande sucesso no horário das 19h da Globo, atingindo uma das maiores médias de audiência da faixa no século.

Ela também participou das minisséries "A Muralha" (2000), "A Cura" (2010) e "Dois Irmãos" (2017). Além de seu trabalho na televisão e no teatro, ela fez história ao se tornar a primeira indígena a integrar o Exército Brasileiro, em 2011.

Em 2019, Waiãpi entrou na política como secretária de Saúde Indígena no governo de Jair Bolsonaro (PL-RJ), cargo que ocupou até 2022, quando se candidatou e foi eleita deputada federal com o apoio do ex-presidente.

A cassação da deputada

A parlamentar foi acusada de utilizar recursos do fundo eleitoral da campanha de 2022 para realizar um procedimento estético de harmonização facial, no valor de R$ 9 mil.

A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público após Maite Luzia Mastop Martins, ex-coordenadora de campanha, apresentar um recibo com o nome da deputada.

Sobre a cassação, a deputada poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em nota, Silvia Waiãpi declarou:

"A deputada Silvia Waiãpi soube pela imprensa que seu mandato havia sido 'cassado'. Porém, as contas já haviam sido julgadas e as mesmas aprovadas pelo mesmo tribunal. É estranho que a deputada Silvia Waiãpi não tenha sido intimada, tampouco seus respectivos advogados. Somente após a audiência pública, que ela presidia e que terminou próximo às 19 horas, a deputada foi questionada sobre o julgamento. Agora cumpre aos advogados tomarem ciência do que de fato foi julgado e tomar as medidas cabíveis".

(Fonte: iG)



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