Home - Política - Deputada Camila Valadão cobra retificação de concurso do Iases

Deputada Camila Valadão cobra retificação de concurso do Iases

16 de outubro de 2025

Camila Valadão enviou indicação ao governo para que edital de seleção para agentes socioeducativos garanta igualdade de gênero

Deputada Camila Valadão cobra retificação de concurso do IasesDeputada Camila Valadão – Foto: Kamyla Passos/Ales

A desigualdade de gênero ainda persiste até mesmo em espaços que deveriam ser pautados pela isonomia e pelo mérito. O novo edital do concurso público do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) reserva número distinto de vagas para homens e mulheres, uma prática que fere o princípio constitucional da igualdade, segundo decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF).

Diante disso, a deputada estadual Camila Valadão (PSOL) protocolou, na última segunda-feira (13), a Indicação nº 14592025, pedindo ao governo do Estado a retificação imediata do Edital 0012025, para que o processo seletivo para agentes socioeducativos  do Iases garanta igualdade de gênero na distribuição das vagas.

Segundo o edital publicado no último dia 9 de outubro, 0,9% das 842 vagas para agentes socioeducativos são destinadas a mulheres. Serão 764 vagas para homens e apenas 78 para mulheres.

“O Estado deve ser justo! Não é aceitável que, em 2025, um concurso público ainda imponha barreiras para mulheres com base no gênero. Isso é inconstitucional e perpetua desigualdades que a sociedade já deveria ter superado. A Constituição Federal é clara ao estabelecer a igualdade entre homens e mulheres em direitos e obrigações, vedando qualquer discriminação no acesso a cargos públicos”, afirmou Camila Valadão.

A parlamentar destacou ainda que o STF já declarou inconstitucionais normas de estados como Bahia, Tocantins e Pará que limitavam o número de vagas femininas em concursos das forças de segurança.

“Essas decisões abriram precedente e reforçam que mulheres devem concorrer à totalidade das vagas. Não há justificativa técnica ou legal para restringir o número de vagas às mulheres. Elas estão plenamente capacitadas para o trabalho socioeducativo, e o que falta é vontade política para garantir igualdade de oportunidades”, disse a deputada.

A parlamentar lembrou ainda que a função de agente socioeducativo, por envolver acompanhamento e custódia de adolescentes, pode considerar critérios de atuação conforme o sexo dos internos, quando necessário, mas nunca limitar o acesso de mulheres ao cargo.

“A retificação do edital é essencial para reparar essa desigualdade de gênero e assegurar quantitativo de vagas isonômico entre homens e mulheres. O que está em jogo é o direito das mulheres de ocupar espaços públicos em igualdade de condições”, concluiu Camila Valadão.



banner
banner