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Depois de Moro, Guedes pode ser a “bola da vez” de bolsonaristas

24 de abril de 2020

Diagnóstico é de auxiliares do próprio ministro, que é contra recursos públicos para alavancar crescimento, e também do mercado financeiro

Depois de Moro, Guedes pode ser a “bola da vez” de bolsonaristasMinistro da Economia, Paulo Guedes – Foto: Divulgação

A saída do agora ex-ministro da Justiça Sergio Moro, com acusações graves contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), aumentará a pressão sobre o ministro da Economia, Paulo Guedes. O diagnóstico é de auxiliares do próprio ministro.

No mercado financeiro, a avaliação é que Guedes pode ser a próxima “bola da vez”. Antes da saída de Moro, o chefe da Ecomomia já tinha alertado o presidente de que o seu governo poderia cometer os mesmos erros de gestões petistas na economia com o plano de obras públicas para alavancar o crescimento.

Com a resistência do ministro aos planos “desenvolvimentistas” do presidente, bolsonaristas querem impor ao “Posto Ipiranga” a pecha de “inimigo dos pobres”.

Depois do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta e de Moro, Guedes entrou no processo de “fritura” deflagrado por uma ala do governo por insistir no discurso de manutenção da sua política de ajuste fiscal na fase pós-pandemia.

O presidente, como mostrou o Estadão, está disposto a fazer um “cavalo de pau” no seu governo.

Visão fiscalista

Segundo informações, integrantes da Casa Civil e auxiliares diretos do presidente têm reclamado da “visão fiscalista” do Ministério da Economia e da falta de um contraponto econômico dentro do governo, como havia antes da criação do superministério sob a alçada de Guedes.

No passado, Fazenda e Planejamento já protagonizaram embates históricos por suas visões distintas sobre a direção da política econômica. Segundo uma fonte ouvida pela reportagem, Guedes não aceitaria uma mudança nessa linha.

A avaliação, porém, é de que caso o presidente atenda às pressões e faça de fato esse movimento de fatiar a Economia, não seria agora porque o impacto seria muito ruim num momento em que a atividade e a confiança dos investidores já penam sob os efeitos da pandemia.

Valedoitaúnas/Informações Metrópoles



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