Defesa de Bolsonaro tenta devolver joias e armas, mas não consegue agendar entrega
23 de março de 2023Advogado informou que delegado não estava na PF para receber as armas e que o setor da Caixa que guardará as joias estava fechado
O ex-presidente Jair Bolsonaro, que afirmou que pretende voltar ao Brasil ainda em março – Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou devolver o estojo com joias recebido da Arábia Saudita e as armas doadas pelos Emirados Árabes Unidos, mas não encontrou ninguém para receber os itens, na tarde desta quarta-feira (22).
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta que as armas devem ser entregues na Diretoria de Polícia Administrativa da Polícia Federal, em Brasília, e as joias, em uma agência da Caixa Econômica Federal na Asa Sul, também na capital do país.
Ainda de acordo com a determinação, as joias que estão retidas na Receita Federal, em Guarulhos (SP), devem ser deixadas na mesma agência do banco. A Caixa informou que não foi notificada da decisão do TCU, mas que dispõe de locais apropriados para armazenamento das joias.
O advogado Paulo Amador, que faz parte da defesa de Bolsonaro, declarou à reportagem que quer deixar os presentes "o quanto antes" nos locais estabelecidos, mesmo que a defesa não tenha sido notificada ainda pelo TCU.
"Quero entregar essas joias e armas o quanto antes. Mesmo sem notificação, nós soubemos da decisão e tentamos contato com a Caixa, mas o expediente no setor já tinha acabado. Também ligamos para a PF para combinar a entrega, mas o delegado responsável pelo caso não estava", detalhou.
Armador argumenta que precisa de autorização para circular com os itens, sob pena de ser preso. "Minha equipe já solicitou nova guia de tráfego ao Exército, pois a mudança de endereço [de entrega dos itens] da Secretaria-Geral para a PF pede essa autorização", afirmou o advogado.
Foto: Reprodução
"É importante que o TCU notifique a Caixa e a PF, pois não posso sair com joias e armas em mãos sem que eles estejam prontos para receber", completou. O R7 questionou o TCU a respeito dos detalhes para a entrega dos itens, como os responsáveis por recebê-los e os horários.
O tribunal não apresentou essas especificações e apenas reforçou os locais de devolução e o prazo, de cinco dias úteis. A PF e a Receita Federal alfandegária em Guarulhos informaram à reportagem que aguardam notificação do TCU.
(Fonte: R7)