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De pistola a rifle: juiz do ES preso tinha vários modelos de armas

03 de agosto de 2024

Bruno Fritoli Almeida e o juiz Maurício Camatta Rangel estão sendo investigados na operação Follow The Money, do Ministério Público do Espírito Santo

De pistola a rifle: juiz do ES preso tinha vários modelos de armasFoto: Reprodução

O juiz preso durante investigação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES), Bruno Fritoli Almeida, possuía quatro modelos de armamento diferentes, que poderiam ser usados para persuadir testemunhas.

A Justiça havia emitido o pedido de suspensão do porte de armas do investigado antes dele ser preso, entendendo que devido à sua posição de autoridade, possui um considerável poder de persuasão, que poderia ser intensificado pela posse de uma arma de fogo.

Foram identificados quatro modelos:

Carabina, calibre .38

Espingarda, calibre. 12.

Pistola, calibre 9x19cm.

Rifle, calibre .22.

Bruno teve o porte de arma suspenso e foi afastado de suas funções.

O magistrado e o juiz Maurício Camatta Rangel estão sendo investigados na operação Follow The Money, do MPES, envolvidos em possíveis delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, corrupção ativa, corrupção passiva, fraude processual e falsidade documental.

O grupo localizava pessoas falecidas sem herdeiros e com valores consideráveis em contas bancárias, e ajuizava ações na Comarca de Barra de São Francisco, no Noroeste do Espírito Santo.

De acordo com o Ministério Público, as investigações possuem evidências do envolvimento de agentes públicos, advogados e particulares em ações judiciais simuladas a partir de documentação falsa, direcionamento da distribuição dos processos e emissão indevida de alvarás, com indícios de recebimento de vantagem indevida e lavagem de ativos.

Juntos, os investigados emitiram oito alvarás fraudulentos para levantar a quantia de R$ 7 milhões. Esse processo, inclusive, era feito de forma ágil.

Na última quinta-feira (1º), deram entrada no sistema prisional do Espírito Santo as duas principais pessoas responsáveis por receber, por meio de transferência bancária, o dinheiro do esquema fraudulento envolvendo advogados e juízes.

Eles são:

– Ricardo Nunes de Souza

– Veldir José Xavier

Estes dois presos são apontados como os principais responsáveis por receber os valores, movimentando cerca de R$ 6 milhões no total.

(Fonte: Folha Vitória)



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