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Corrida por vaga no STF já tem 4 candidatos: Mendonça é favorito

03 de maio de 2021

Com aposentadoria de Marco Aurélio Mello prevista para julho, presidente deve cumprir promessa de escolher ministro “terrivelmente evangélico”

Corrida por vaga no STF já tem 4 candidatos, Mendonça é favoritoAndré Mendonça, chefe da AGU: excessivo atrelamento ao presidente é ponto crítico – Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Na espécie de "pré-campanha" pela vaga do decano Marco Aurélio Mello, que deixará o Supremo Tribunal Federal em julho, o atual advogado geral da União e ex-ministro da Justiça, André Mendonça, está na dianteira no quesito pré-estabelecido pelo presidente Jair Bolsonaro – indicar para a corte um ministro “terrivelmente evangélico”. No entanto, como a indicação também depende da capacidade do candidato angariar apoios no meio jurídico, pesa contra Mendonça o vínculo umbilical com o titular do Planalto e o excessivo atrelamento à sua defesa – incluindo a tentativa de utilização da Lei de Segurança Nacional contra adversários políticos de Bolsonaro.

Na Corte, Mendonça conta com apoiadores de peso, como o ministro Toffoli, interlocutor do Planalto, mas com críticos poderosos, como Gilmar Mendes, que não o poupou no último embate público, no julgamento do recurso que pedia a abertura de templos durante a fase emergencial da pandemia. Gilmar lembrou a Mendonça que, como ministro da Justiça, deveria ter agido para colaborar com o esforço para conter a propagação do vírus.

Cresce o nome de Humberto Martins, presidente do STJ, para a vaga de Mello, que também atende ao quesito religioso. O magistrado é membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia e vem angariando apoios importantes no Legislativo. A escolha daria ao presidente uma espécie de bônus: Bolsonaro faria também uma indicação para o eventual substituto de Martins no STJ.

Estão ainda na disputa por uma das 11 cadeiras da suprema corte brasileira o procurador geral da República, Augusto Aras, além de Willian Douglas, desembargador do TRF2. Consta que Bolsonaro sonha com a possibilidade de, uma vez conquistando um segundo mandato na presidência, indicar mais dois nomes para o STF, em substituição a Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, com aposentadoria prevista para o início de 2023.

Valedoitaúnas/Informações R7



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