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Coronavírus pode 'ficar' na África por anos, alerta a OMS

11 de maio de 2020

Mais de 190 mil pessoas podem morrer no continente nos próximos 12 meses

Coronavírus pode 'ficar' na África por anos, alerta a OMSFoto: Reprodução

A pandemia de Covid-19 pode "ficar" na África por vários anos depois de matar 190 mil pessoas nos próximos 12 meses, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A agência alertou, no mês passado, que poderia haver 10 milhões de infecções no continente dentro de seis meses, embora especialistas tenham dito que o impacto da pandemia dependeria das ações dos governos.

Um estudo, divulgado nesta semana, prevê que entre 29 milhões e 44 milhões de pessoas possam ser infectadas no primeiro ano da pandemia se as medidas de contenção falharem. Isso "sobrecarregaria a capacidade médica disponível em grande parte da África", onde existem apenas nove leitos de unidades de terapia intensiva por milhão de pessoas.

"Embora a Covid-19 provavelmente não se espalhe tão exponencialmente na África quanto em outras partes do mundo, provavelmente existirá em pontos de acesso de transmissão", disse o diretor da região africana da Organização Mundial da Saúde, Matshidiso Moeti. "A Covid-19 pode se tornar um elemento importante em nossas vidas pelos próximos anos, a menos que uma abordagem pró-ativa seja adotada por muitos governos da região. Precisamos testar, rastrear, isolar e tratar".

A pesquisa analisou 47 países da Região Africana da OMS, com uma população total de um bilhão. Mais de 51 mil pessoas foram infectadas e 2.012 morreram. O número total de casos aumentou bastante na semana passada.

A maioria dos países impôs bloqueios de severidade variável que parecem ter retardado a propagação do vírus.

"Temos que reconhecer que os governos africanos estão fazendo muito", disse Stephen Karingi, diretor da Comissão Econômica das ONU para a África. "As projeções eram de que já estaríamos em uma situação de guerra, mas, devido às medidas tomadas pelos governos e comunidades, as taxas de transmissão são mais baixas do que as que já vimos em outros lugares".

Valedoitaúnas/Informações iG



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