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‘Contabilidade de cocô’: entenda trend com competição de idas ao banheiro e veja se há quantidade ideal

29 de dezembro de 2023

Muito (ou pouco) cocô pode sinalizar algum problema de saúde?

‘Contabilidade de cocô’: entenda trend com competição de idas ao banheiro e veja se há quantidade idealExiste uma quantidade "ideal" de idas ao banheiro? Muito (ou pouco) cocô pode sinalizar algum problema de saúde? Foto: Reprodução/Freepik

Viralizou nas redes sociais um vídeo sobre "contabilidade de cocô". É isso mesmo que você leu: quatro amigos competindo para ver quem faz mais cocô em um mês. O campeão disse que foi 78 vezes ao banheiro em 30 dias. A medalha de prata foi para o amigo que foi 72 vezes, seguido de 32 vezes e, na lanterna, o competidor que fez cocô 27 vezes em um mês. Para valer, eles tinham que mandar para um grupo de WhatsApp uma foto toda vez em que estivessem "sentados no trono".

Mas será que existe uma quantidade "ideal" de idas ao banheiro? Muito (ou pouco) cocô pode sinalizar algum problema de saúde?

Thicianie Fauve, gastroenterologista do Hospital Sírio-Libanês em Brasília, explica que não existe uma regra.

➡️ O "normal" pode variar de: ir ao banheiro a cada três dias até a fazer cocô três vezes ao dia.

“Quando o paciente fica indo ao banheiro mais que três vezes por dia, o ideal é que se investigue. Descobrir se tem alguma doença que inflama o intestino ou se tem alguma intolerância alimentar, alergia alimentar ou outros fatores associados”, disse Thicianie Fauve, gastroenterologista.

A regra de procurar ajuda vale também para quem fica dias sem ir ao banheiro. "É preciso investigar por que o intestino está mais constipado. Se é falta de fibras, alteração alimentar ou até mesmo alguma doença. Em ambos os extremos, precisamos investigar e excluir causas orgânicas", completa.

‘Contabilidade de cocô’: entenda trend com competição de idas ao banheiro e veja se há quantidade idealContabilidade de cocô Foto: Reprodução/Redes sociais

O que o cocô diz sobre sua saúde

A evacuação está relacionada à presença do bolo alimentar já ingerido no intestino grosso. Ou seja, a qualidade e quantidade de alimento consumida influenciará o modo que a evacuação se dará. Por isso, o ideal é sempre priorizar alimentos naturais e fibras, que ajudam no funcionamento intestinal.

"Se a dieta for composta de carnes vermelhas e alimentos que se putrefazem muito, vai criar muitos gases e, muitas vezes, o intestino não vai trabalhar direito. Já se for composta por fibras e legumes, frutas, e tiver uma quantidade de líquido adequada, será mais fácil", explicou o endoscopista bariátrico Sérgio Alexandre Barrichello Júnior.

O nosso corpo também dá sinais por meio das fezes. Para avaliar se a consistência das fezes está adequada foi criada a Escala de Bristol, que leva em consideração fatores como o formato, a umidade e a cor. Veja abaixo:

‘Contabilidade de cocô’: entenda trend com competição de idas ao banheiro e veja se há quantidade idealPara avaliar se a consistência das fezes está adequada foi criada a Escala de Bristol, que leva em consideração fatores como o formato, a umidade e a cor Foto: Arte g1/Wagner Magalhaes

Outro ponto de atenção: a cor das fezes, quando não relacionada a algum alimento, pode indicar problemas de saúde. Veja o que observar antes de apertar a descarga:

  • fezes esbranquiçadas podem indicar problemas na vesicular biliar;
  • fezes muito pretas podem indicar sangramento;
  • fezes esverdeadas em crianças, especialmente durante a introdução alimentar, indicam Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV);
  • fezes esverdeadas na fase adulta podem ser sinal de alguma parasitose;
  • se é possível ver algum pedaço inteiro de alimento, há um problema de digestão.

(Fonte: g1)



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