Consórcio cresce como opção para aquisição de bens por oferecer fuga dos juros
28 de junho de 2021Para carros, motos e mesmo imóveis, modalidade de autofinanciamento ganha cada vez mais atenção dos brasileiros; entenda por quê
Consórcio é a melhor opção para adquirir um imóvel, carro ou moto – Foto: Reprodução/Embracon
Independentemente de um cenário de crise econômica prolongada, buscar a melhor alternativa para se adquirir um patrimônio é algo sempre em pauta. Esse hábito de consumo ajuda a entender a tendência de alta do consórcio, reunião de pessoas ou empresas em um grupo, promovida por uma administradora de consórcio, com a finalidade de adquirir bens e serviços por meio de autofinanciamento.
Esse setor já experimentava franca ascensão mesmo antes do começo da pandemia. E ela não freou esse crescimento. De acordo com dados da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC), houve crescimento na comparação entre 2019 e 2020 nas vendas de carros e imóveis. Se comparar o último trimestre de 2019 (45,5%) com o mesmo período de 2020 (53,8) na venda de motos, percebe-se que a modalidade já é responsável pela maior parte das vendas no País.
A adesão ao consórcio se dá nesse ritmo porque é um investimento seguro e que favorece o planejamento e, até mesmo, o replanejamento por parte dos consorciados. Em um cenário econômico com taxas de juros descontroladas, os brasileiros estão fazendo o possível para fugir dos financiamentos tradicionais e, nessa conjuntura, o consórcio se mostra mais do que uma alternativa confiável, possível.
Como funciona o consórcio?
O consumidor pode entrar em um consórcio para comprar um carro. Como consorciado, pode pagar parcelas mensais que comportam o valor total do bem, que pode ser de R$ 30 a R$ 100 mil, mais a taxa de administração e fundo de reserva, cuja porcentagem varia de acordo com a administradora. Não há qualquer incidência de juros nesse modelo de autofinanciamento e, justamente por isso, as parcelas costumam ser menos onerosas do que aquelas alinhadas em um financiamento junto a um banco. Ou seja, são parcelas que cabem no bolso do consorciado e não vão gerar sobrecarga na vigência do contrato.
O patrimônio não fica disponível imediatamente, já que o modelo consiste no autofinanciamento. Todos os consorciados pagam parcelas mensais para a construção desse capital financeiro. Mensalmente há assembleias, aos quais os consorciados com pagamentos em dia, participam para obter a carta de crédito, o que lhe dá autonomia de adquirir o patrimônio desejado.
A carta de crédito também pode ser adquirida antecipadamente via lance livre ou fixo, de acordo com as regras previstas em contrato.
Sem perrengue
Para viabilizar a gestão desse capital, é preciso uma administração competente, isto é, regulamentada e fiscalizada pelo Banco Central, e é para custear esse serviço que a taxa de administração é cobrada. Dependendo do consórcio, do número de cotistas e do objetivo, essa taxa pode ser módica.
O modelo permite planejamento e até mesmo reajuste de objetivos. Como por exemplo, mudar de ideia em relação à compra de um carro de determinada montadora que deixou o País ou aproveitar a especulação imobiliária em um determinado bairro. A autonomia que o consórcio dá ao consumidor é muito grande para ser ignorada e apenas mais uma das vantagens desse modelo de negócio que já caiu nas graças dos brasileiros.
Valedoitaúnas/Informações iG