Conselho do FGTS aprova ampliação do Minha Casa, Minha Vida para classe média
16 de abril de 2025'Faixa 4' do programa habitacional terá teto de renda familiar de R$ 12 mil. Expectativa é de que nova linha, com taxa menor que a do mercado, esteja disponível em maio
Foto: Reprodução/g1
O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) aprovou nesta terça-feira (15) a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida para a classe média.
O governo vai criar a "Faixa 4" do programa, com um novo teto de renda familiar, de R$ 12 mil. A expectativa é que a nova cobertura esteja disponível em maio.
A ampliação do programa é possível porque o governo direcionou R$ 15 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal para o Minha Casa, Minha Vida.
Esses recursos serão usados na faixa 3 do programa, liberando R$ 15 bilhões do FGTS para a nova linha de financiamento.
Como vai funcionar?
O Conselho vai disponibilizar R$ 15 bilhões do FGTS em 2025 e outros R$ 15 bilhões captados pelas próprias instituições (em recursos da poupança).
Com a criação da Faixa 4, estão previstos benefícios como:
- financiamento de até 420 meses;
- taxa de juros de 10% ao ano, abaixo das taxas atuais de mercado (acima de 11,5% ao ano);
- aquisição de imóveis de até R$ 500 mil.
A medida, segundo o governo, representará um potencial de atendimento inicial a 120 mil novas famílias.
Esse é um novo aceno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à classe média, que acontece um ano antes das eleições presidenciais, marcadas para 2026.
Ajuste das outras faixas
O Conselho do FGTS também aprovou nesta terça-feira (15) o reajuste nas faixas do Minha Casa, Minha Vida. Veja:
- Faixa 1: de até R$ 2.640 para até R$ 2.850.
- Faixa 2: de R$ 4,4 mil para R$ 4,7 mil.
- Faixa 3: de R$ 8 mil para R$ 8,6 mil
De acordo com o Ministério das Cidades, 100 mil famílias serão beneficiadas com a mudança nos limites das faixas de renda.
Novos tetos
Além dos ajustes, o Conselho do FGTS também deu aval para ajustar o teto de aquisição de imóveis em municípios de até 100 mil habitantes. A medida busca interiorizar os investimentos do FGTS.
Nesses locais, os novos limites serão de R$ 210 mil a R$ 230 mil – um aumento de 11% a 16% em relação aos valores atuais.
As mudanças também incluem um ajuste para permitir que famílias com renda de até R$ 4,7 mil (hoje, nas faixas de renda 1 e 2) possam adquirir imóveis com teto de financiamento da Faixa 3, com teto de R$ 350 mil.
De acordo com a decisão, isso poderá ser feito, mas o financiamento terá as condições da Faixa 3:
- juros entre 7,66% e 8,16% ao ano;
- sem acesso a descontos.
(Fonte: g1)