Comissão dos EUA quer Índia em lista negra da liberdade religiosa
29 de abril de 2020Ataques às minorias no país governado por Narendra Modi preocupam painel norte-americano
Narendra Modi é constantemente denunciado por alimentar ódio contra minorias religiosas – Foto: Divulgação
A Comissão sobre Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos pediu que a Índia seja colocada em uma lista negra da liberdade religiosa. A recomendação foi feita em um relatório anual do painel, que não tem o poder de definir políticas e, portanto, dificilmente conseguirá atingir seu objetivo, até em razão dos movimentos de aproximação entre Donald Trump e o primeir-ministro indiano Narendra Modi.
No relatório, a Comissão diz que a Índia se enquadra como um país de “particular preocupação”, sujeito a sanções se não melhorarem o controle sobre os conflitos de motivação religiosa. “Em 2019, as condições da liberdade religiosa na Índia entraram em uma crise drástica, com as minorias religiosas sob crescente ataque”, diz um trecho do texto.
A Comissão pede que os Estados Unidos imponham medidas como proibição de vistos às autoridades indianas e suporte financeiro a grupos que fiscalizam discursos de ódio.
"O governo indiano permitiu que a violência contra as minorias e suas casas de culto continuasse com impunidade, e também se envolveu e tolerou discursos de ódio e incitação à violência”, defende o relatório.
Nos últimos anos, a Índia vive uma tensão crescente entre hindus e muçulmanos, mas outras minorias religiosas também são alvos de violência. Hindu, o primeiro Ministro Narendra Modi é acusado de alimentar esses conglitos. Recentemente, o ministro do Interior, Amit Shah, se referiu a migrantes muçulmanos como “cupins”.
Valedoitaúnas/Informações iG