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Cobra coral azul: a serpente mais bela e mortal do mundo

10 de agosto de 2025

Seu veneno é capaz de matar presas em segundos

Cobra coral azul: a serpente mais bela (e mortal) do mundoFoto: Reprodução

Com tons azulados vibrantes contrastando com o vermelho rubi, a cobra coral azul (Calliophis bivirgatus) chama atenção como uma das serpentes mais bonitas do mundo. Mas sua beleza esconde um veneno poderoso, capaz de matar presas em segundos.

A coral azul habita florestas do Sudeste Asiático, incluindo Malásia, Indonésia, Singapura e Tailândia. Porém, seu hábito fossorial – passar a maior parte do tempo enterrada – torna seu avistamento raro. Delgada e alongada, pode chegar a quase dois metros de comprimento.

Cobra coral azul: a serpente mais bela (e mortal) do mundoFoto: Reprodução

Seu veneno contém a caliotoxina, uma neurotoxina exclusiva que ataca os canais de sódio do sistema nervoso. Quando pica outra cobra (sua presa principal), a toxina paralisa os músculos rapidamente, levando à morte por asfixia.

Como a caliotoxina age?

A coral azul produz caliotoxina, uma molécula que ataca os canais de sódio do sistema nervoso, bloqueando sinais elétricos e causando paralisia instantânea.

Sua dieta inclui outras cobras (às vezes da mesma espécie), e o veneno age tão rápido que a vítima morre por asfixia antes de conseguir fugir.

Cobra coral azul: a serpente mais bela (e mortal) do mundoFoto: Reprodução

Apesar de sua peçonha ser menos letal em humanos do que em outras espécies, há registros de mortes. Felizmente, acidentes são incomuns, já que a coral azul é tímida e evita contato.

Da morte à cura: o potencial medicinal do veneno

Em 2016, pesquisadores australianos descobriram que a caliotoxina age em receptores ligados à dor. Isso abre portas para estudos de novos analgésicos. Não seria a primeira vez: o remédio para pressão alta, Captopril, surgiu do veneno da jararaca.

Cobra coral azul: a serpente mais bela (e mortal) do mundoFoto: Reprodução

A coral azul prova que, na natureza, até o mais belo animal pode carregar segredos mortais – e, quem sabe, a chave para futuros medicamentos.

(Fonte: Agro em Campo)



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