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Chinês de 35 anos abandona trabalho e casamento para viver em caverna por quatro anos

15 de junho de 2025

Decisão de Min Hengcai gerou debate nas redes sociais entre crítica e admiração à sua opção por uma vida simples

Chinês de 35 anos abandona trabalho e casamento para viver em caverna por quatro anosMin Hengcai come aquilo que planta e passa a maior parte do dia lendo – Foto: Reprodução/QQ

Min Hengcai, um homem de 35 anos da província de Sichuan, no sudoeste da China, decidiu largar o emprego e o conceito tradicional de casamento para viver em uma caverna adaptada há quatro anos.

Em 2021, ele abandonou seu trabalho como motorista de aplicativo em uma metrópole, para voltar à sua cidade natal e abraçar um estilo de vida mais simples e isolado.

Min considera o trabalho algo sem sentido e explicou que, anteriormente, passava cerca de 10 horas por dia trabalhando para pagar uma dívida com familiares. Hoje, ele acredita que essa dívida, estimada em US$ 42 mil (cerca de R$ 234 mil), é impossível de ser quitada, especialmente porque seus parentes venderam propriedades que poderiam ajudar a pagar os débitos.

Para morar perto de sua antiga terra, Min trocou seu terreno por outro menor, onde há uma caverna de 50 metros quadrados e transformou o espaço em seu lar.

Sua rotina é simples: acorda às 8h, dedica a maior parte do dia à leitura, caminhadas pela região e cultivo de vegetais que colhe para sua alimentação. Ele dorme às 22h e diz que gasta dinheiro apenas com necessidades básicas.

Nas redes sociais, Min compartilha sua vida e possui cerca de 40 mil seguidores. Ele realiza transmissões ao vivo e recebe algum retorno financeiro com essas atividades. Batizou sua casa de “buraco negro”, em referência ao universo que criou para si e para lembrar de sua própria insignificância diante do mundo.

Ao ser entrevistado pela televisão local, Min afirmou rejeitar o casamento por considerá-lo um desperdício de tempo e dinheiro. Para ele, a chance de encontrar um amor verdadeiro é baixa, o que torna o esforço desnecessário.

Sua escolha de vida gerou grande repercussão online. Alguns internautas o classificaram como representante do movimento “tang ping” (“deitar-se” ou “ficar na zona de conforto” em mandarim), que propõe fazer apenas o mínimo para sobreviver.

Outros o viram como um “filósofo verdadeiro”, mesmo com educação formal limitada, e chegaram a chamar seu cotidiano de “vida no paraíso”. Houve também quem questionasse se ele realmente vive isolado, lembrando que ele mantém presença em lives e entrevistas.

(Fonte: R7)



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