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Cesta básica de alimentos na Venezuela custa 108 salários mínimos

30 de junho de 2023

Pesquisa revela que venezuelanos ganham menos de um terço do que deveriam para alimentar uma família com cinco pessoas

Cesta básica de alimentos na Venezuela custa 108 salários mínimosCesta-básica na Venezuela chega a custar 108 salários mínimos – Foto: Manaure Quintero/Reuters

O Centro de Documentação e Análise Social da Federação de Professores da Venezuela (Cendas-FVM) identificou que os venezuelanos precisariam de 108 salários mínimos para comprar uma cesta básica de alimentos, calculada para cinco pessoas, cujo valor em maio foi de U$523,29, em torno de R$ 2.495,15, na cotação atual.

A instituição explica que o salário mínimo está fixado em 130 bolívares mensais, cerca de U$ 4,85, que equivale a R$ 23,13, mas uma família precisaria, na realidade, de pelo menos U$17,44 por dia, R$83,16, para cobrir uma cesta básica de alimentos, calculada com base nos preços de 60 produtos.

O Cendas-FVM calculou o preço da cesta básica em U$523,29, quase R$ 2.500. O valor ainda teve uma queda de 0,52% em comparação com abril, quando era de $526, mas a moeda local subiu.

O setor que registrou o maior aumento foi o de molhos e maionese, com um aumento de 13,27%, seguido por leite, queijo e ovos, com um aumento de 11,21%, e gorduras e óleos, com um aumento de 9,03%.

A inflação acumulada na Venezuela nos primeiros cinco meses do ano é de 96,3%, após um aumento de 5,1% em maio, segundo dados oficiais publicados pelo Banco Central (BCV).

De acordo com o BCV, o aumento médio de preços de bens e serviços em abril foi de 3,8%, em março foi de 6,1%, em fevereiro foi de 19,3% e em janeiro foi de 42,1%, a inflação mensal mais alta dos últimos dois anos.

Segundo cálculos do Observatório de Finanças (OVF), uma entidade independente composta por especialistas econômicos, o índice de maio fechou em 7,6%, enquanto a variação acumulada nos primeiros 5 meses do ano é estimada em 84,9%.

A Venezuela saiu da hiperinflação em dezembro de 2021, que começou em 2017, ao reduzir o valor do bolívar, a moeda oficial, assim como a confiança dos cidadãos nela, levando-os a adotar de forma não oficial o dólar americano na tentativa de proteger seus rendimentos.

(Fonte: R)



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