Home - Polícia - Caso Thamyris: polícia indicia suspeitos de matar jovem no ES...

Caso Thamyris: polícia indicia suspeitos de matar jovem no ES

08 de junho de 2024

O corpo de Thamyris Alexandra Virgulino Pascoal, de 18 anos, foi localizado em uma cova rasa em Marilândia. Suspeitos mataram e ocultaram o cadáver da jovem

Caso Thamyris: polícia indicia suspeitos de matar jovem no ESFoto: Arte/Folha Vitória

A Polícia Civil do Espírito Santo indiciou dois suspeitos, de 35 e 27 anos, pela morte da jovem Thamyris Alexandra Virgulino Pascoal, de 18 anos, em Marilândia, na região Noroeste do Espírito Santo. O caso foi registrado em abril de 2024.

Ivanildo Pereira da Silva, de 35 anos, foi apontado pela investigação como responsável por matar Thamyris. Já Bruno da Conceição, de 27 anos, auxiliou na ocultação de cadáver.

O corpo da vítima foi encontrado pela Polícia Civil no dia 12 de abril, em uma área de mata de difícil acesso próximo à localidade de Taquara, na zona rural de Marilândia.

Causa da morte e motivação são inconclusivas

O delegado Leonardo Ávila, titular da Delegacia de Polícia de Marilândia, disse que a causa exata da morte e a motivação do crime permanecem inconclusivas, mesmo com todas as pesquisas e análises científicas.

Com isso, foram destacadas duas possíveis motivações do crime: uma dívida relacionada com o comércio de drogas ou um desentendimento ocorrido durante um programa sexual.

“A motivação do crime também não foi claramente estabelecida. Pode ter ocorrido duas hipóteses: uma possível dívida de Thamyris com o suspeito relacionada ao comércio de drogas, ou um desentendimento ocorrido durante um programa sexual. A falta de testemunhas oculares e a ausência de provas físicas claras dificultaram a formulação de uma conclusão definitiva”, conta Ávila.

Como aconteceu a ocultação do cadáver?

O corpo da vítima foi localizado em um local de difícil acesso e estava enterrado em uma cova, com aproximadamente 70 a 80 centímetros de profundidade. Mas o delegado Leonardo Ávila disse que, ainda não foi possível reconstituir a exata dinâmica do homicídio.

Ivanildo teria ligado para Bruno, na noite do dia 11 de abril. Na ligação, ele pediu para que fosse buscá-lo dizendo precisar de ajuda. Ele também pediu que levasse ferramentas para cavar uma cova.

Bruno utilizou o próprio carro para chegar até as proximidades do córrego São Pedro, onde Ivanildo estava escondido, em meio a um cafezal.

“Quando o suspeito encontrou esse amigo, afirmou que teria ‘matado uma menina’ e que precisava de ajuda para esconder o corpo. Ambos seguiram para um local próximo a uma casa abandonada às margens da rodovia ES-356. O suspeito mostrou o corpo da vítima, uma mulher, e juntos colocaram o cadáver no porta-malas do carro”, disse o delegado Leonardo Avila.

Após, os homens seguiram para o Córrego Sumidouro, onde enterraram a jovem em uma área de mata. Apo´s enterrarem, eles seguiram para a casa de Bruno.

No dia seguinte, Ivanildo teria entregue uma moto Honda Bros de cor branca.  Somente no dia 11 de abril, ele teria deixado a casa de Bruno.

“Em depoimento, o suspeito de 27 anos informou que, após usar o carro para transportar e ocultar o cadáver, decidiu guardar o veículo na casa de um parente na localidade de Santa Rosa, próximo à localidade de Japira, zona rural de Linhares”, contou Avila.

Corpo de vítima estava com pancada na cabeça 

Segundo o delegado, o laudo da vítima apontou que o cadáver estava em avançado estado de putrefação. Mesmo com uma pancada na cabeça, não foi identificada fratura craniana, descartando como causa da morte.

Também foram coletadas amostras do estômago para exame toxicológico. Mas, os laudos foram inconclusivos. “O corpo estava enterrado há mais de três dias, o que pode ter dificultado a coleta de amostras que poderiam auxiliar no laudo, como sangue e urina”, disse.

(Fonte: Folha Vitória)



banner
banner