Casagrande participa de reunião com integrantes da Organização das Nações Unidas
17 de abril de 2021Casagrande falou da nessidade da quebra de patente para que o Brasil tenha autonomia para produzir vacinas contra a Covid-19 – Foto: Hélio Filho/Secom
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, participou, na tarde desta sexta-feira (16), de reunião virtual com integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU) para a entrega da carta do Fórum dos Governadores, solicitando ajuda humanitária ao País por conta da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). A reunião teve a participação da secretária-geral adjunta da ONU, Amina J. Mohammed, e de mais de 20 governadores.
O Fórum dos Governadores entregou uma carta intitulada “Pacto Nacional em Defesa da Vida e da Saúde”, assinada pelos chefes do Executivos dos 26 estados e do Distrito Federal. O documento também foi enviado à Organização Mundial da Saúde (OMS). Durante a reunião virtual, Casagrande falou como representante dos governadores da Região Sudeste.
O capixaba destacou que o Brasil necessita de ter autonomia para produzir vacinas contra a Covid-19. “Nosso objetivo com essa carta é claro. Estamos focados na necessidade de termos mais vacinas. Juntos, temos necessidade de compreender o desempenho e o desenvolvimento tecnológico para enfrentar as variantes do vírus. Temos duas importantes instituições – Butantan e a Fiocruz – que estão produzindo vacinas e ainda dependem da importação do IFA [insumo farmacêutico ativo]”, disse Casagrande.
Na Carta, os chefes dos Executivos estaduais ressaltam a necessidade da aquisição de mais vacinas; a intermediação entre Brasil e China para a antecipação da chegada do suprimento de IFA ainda em abril; do reforço na importação da vacina do consórcio Covax Facility de cinco milhões de doses em abril e 3,1 milhões em maio; intermediação para aquisição ou empréstimo das doses extras dos Estados Unidos; e assistência para insumos hospitalares.
Em sua fala, Casagrande também destacou a importância da quebra de patente ou transferência de tecnologia. “Sabemos que vamos trabalhar com esse vírus durante anos e necessitamos fazer a transferência de tecnologia ou a quebra de patentes para que possamos fazer toda possível vacina aqui. A ONU pode debater esse assunto de forma global. Como o consórcio da Covax Facility não está cumprindo o cronograma de entrega, essas questões são de suma importância. Neste momento, vivemos uma Terceira Guerra Mundial e o inimigo é um só: o vírus”, completou o governador.
Valedoitaúnas