Cartórios quebram recorde de testamentos. Veja o ranking nacional
07 de julho de 2021Documentos feitos em vida ou após a morte tiveram alta entre janeiro e maio deste ano, em comparação com 2020. Foram 13.924 testamentos
Foto: Divulgação
Os cartórios brasileiros registram o maior número de testamentos da história. Entre janeiro e maio foram lavrados 13.924 testamentos – aumento de 40% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram 9.865 documentos.
O número registrado no primeiro quadrimestre quebrou um recorde de dois anos. Até então, o maior número havia sido registrado em 2019: 12.402 lavraturas. O índice é 12% menor que o observado agora.
Os números foram divulgados no início da tarde desta quarta-feira (7) pelo Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil (CNB/CF).
Segundo o conselho, o impacto da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, influenciou a arrancada nos registros.
“Tradicionalmente avesso a pensar sobre a sua própria morte, a pandemia fez o brasileiro redobrar sua preocupação com o tema, fazendo com que os primeiros cinco meses de 2021 registrassem o maior número de testamentos feitos pelos cartórios”, destaca a entidade, em nota.
Veja, em números absolutos, o ranking das unidades da Federação com o maior número de testamentos realizados nos cinco primeiros meses do ano:
São Paulo (4.313)
Rio Grande do Sul (1.792)
Rio de Janeiro (1.544)
Minas Gerais (1.532)
Paraná (1.083)
Santa Catarina (980)
Goiás (837)
Distrito Federal (598)
Bahia (367)
Pernambuco (289)
Ceará (268)
Sergipe (266)
Espírito Santo (201)
Mato Grosso do Sul (192)
Amazonas (120)
Alagoas (115)
Paraíba (92)
Mato Grosso (84)
Tocantins (75)
Maranhão (67)
Pará (45)
Rondônia (35)
Rio Grande do Norte (31)
Piauí (25)
Roraima (9)
Amapá (6)
Acre (3)
Confira também o ranking do aumento percentual deste ano em relação aos cinco primeiros meses de 2020:
Amazonas (107%)
Mato Grosso (75%)
Goiás (72%)
Distrito Federal (66%)
Santa Catarina (54%)
Testamentos em vida
O crescimento se deu não somente com os documentos feitos para valer após a morte do usuário, mas também em atos que podem valer ainda em vida.
Em números absolutos foram realizados 296 testamentos vitais entre os meses de janeiro a maio deste ano frente a 160 realizados no mesmo período do ano passado.
Na comparação com 2019, portanto antes do início da pandemia, o aumento foi de 16%, em relação às 255 lavraturas realizadas no ano retrasado.
O conselho destaca que o testamento tem se tornado um instrumento eficaz para realização de um planejamento patrimonial efetivo, evitando desavenças entre os herdeiros.
“Poder, em um momento ainda lúcido, planejar de forma adequada a destinação do patrimônio e mesmo questões pessoais que não foram resolvidas em vida é uma segurança não só para o testador, como também para a família”, frisa a presidente da entidade, Giselle Oliveira de Barros.
Valedoitaúnas (Metrópoes)