Caminhoneiros prometem greve em novembro se governo não baixar preço do diesel
17 de outubro de 2021Associações de motoristas pretendem declarar "estado de greve" de 15 dias
Caminhoneiros prometem greve se governo não baixar preço do diesel – Foto: Reprodução
Alguns grupos de caminhoneiros prometeram, após reunião no Rio de Janeiro, uma nova paralisação a partir de 1º de novembro caso suas reivindicações não sejam atendidas pelo governo federal, entre umas das principais está a queda do preço do diesel.
No encontro, associações de motoristas decidiram declarar "estado de greve" de 15 dias caso as reivindicações não sejam ouvidas. As informações foram publicadas pelo 'portal uol'.
Além da reivindicação para diminuir o preço do diesel, os caminhoneiros reivindicam também a "defesa da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete" e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS.
"Ficou decidido que vamos dar 15 dias para o governo responder", declarou Luciano Santos Carvalho, do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira.
A informação foi confirmada por Wallace Landim, o Chorão, uma das principais lideranças de caminhoneiros autônomos do país e presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava).
"A nossa categoria está na beira do abismo. Hoje ficou decidido que estamos em estado de greve pelos próximos dias. E se as nossas reivindicações, principalmente com relação ao preço do diesel, não forem aceitas, a gente começa uma greve no dia 1º", disse Chorão.
O presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, disse que a entidade não apoia o movimento. "A pauta deles é muito extensa, e o principal para ser resolvido agora, que é a redução do preço do diesel, acaba se perdendo", afirmou.
Os grupos de caminhoneiros autônomos têm ensaiado novas paralisações desde o primeiro semestre, em meio a reivindicações de direitos para os motoristas independentes e diminuição do preço do diesel, vendido em média a R$ 4,961, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A categoria diz que busca propostas mais sólidas do presidente Jair Bolsonaro e que gerem efeitos práticos para os motoristas. Segundo Chorão, a proposta do governo de lançar um programa de renovação de frota de caminhões é uma tentativa de driblar as reclamações da categoria.
A aprovação do projeto que altera a cobrança de ICMS dos combustíveis pela Câmara é vista com "bons olhos" pelos caminhoneiros.
Valedoitaúnas