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Caminhoneiros alertam para possível desabastecimento de combustíveis

18 de outubro de 2021

Preço do diesel pode subir caso Petrobras decida importar o combustível

Caminhoneiros alertam para possível desabastecimento de combustíveisPreço do diesel pode subir caso Petrobras decida importar o combustível – Foto: Fernanda Capelli

Entidades representantes dos caminhoneiros alertam para um possível desabastecimento de combustíveis por conta de cortes da Petrobras às distribuidoras. Segundo o colunista Chico Alves, um comunicado encaminhado no sábado (15) pela Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Autônomos (Abrava) informa aos motoristas que a diminuição da oferta nos postos fará os autônomos "sofrerem bastante".

Se a redução do fornecimento continuar, o diesel pode precisar ser importado, "o que gerará um acréscimo no valor do litro próximo a R$ 0,60 (sessenta centavos) graças à política de paridade internacional de preço dos combustíveis que a Petrobras segue", diz o texto.

O Chorão, Wallace Landim, presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores) disse que o desabastecimento é "mais um motivo" para aderir à greve.

O diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), Carlos Alberto Litti Dahmer, culpa a Petrobras não só pelo repasse aos consumidores, mas também por não usar a capacidade de suas refinarias.

"Temos uma refinaria vendida, na Bahia, e as outras sete refinando apenas 40% da sua capacidade. Então é preciso buscar isso fora, enquanto poderíamos ser praticamente autossuficientes", acredita Dahmer. "É um crime o que vem sendo feito pelos governos nessa área".

Segundo Chico Alves, Plinio Dias, presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), sugere uma solução simples para o problema. "O governo tem é que botar as refinarias a todo vapor que não vai faltar", acredita. "Por qual motivo antes de 2017 a gente era autossuficiente em combustível e agora não é mais? Acabou a Petrobras?".

Greve

Neste domingo (17), os caminhoneiros prometeram greve de no mínimo 15 dias a partir do dia 1º de novembro, no entanto, graças à baixa adesão da última tentativa, após o feriado de Sete de Setembro, o governo não está acreditando na promessa dessa vez, informa o Estadão.

Ainda assim, a categoria promete entregar uma lista de reivindicações para o governo nesta segunda-feira (18).

Entre elas estão: 

  • Redução do preço do diesel e revisão da política de preços da Petrobras, conhecida como Preço de Paridade de Importação (PPI);
  • Constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete;
  • Retorno da Aposentadoria Especial com 25 anos de contribuição ao INSS e a inclusão do desconto do INSS pago pelo caminhoneiro (PL2574/2021) na Lei do Documento de Transporte Eletrônico;
  • Aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (PLC 75/2018);
  • Aperfeiçoamentos na proposta do Voto em trânsito no Senado;
  • Melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/2015) entre outras medidas.

Valedoitaúnas (iG)



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