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Brasil registra média móvel de 43.414 casos de Covid-19, a maior em 117 dias

12 de dezembro de 2020

País registrou 44.282 novas ocorrências da pandemia nas últimas 24 horas, indica consórcio de imprensa

Brasil registra média móvel de 43.414 casos de Covid-19, a maior em 117 diasEnterro de vítima de Covid-19 em cemitério em São Gonçalo – Foto: Guito Moreto/3-12-2020

O Brasil registrou 44.282 novos casos e 690 novas mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas; desde o início da pandemia, o país teve 6.880.595 ocorrências e 181.143 óbitos notificados, segundo boletim do consórcio de imprensa.

O consórcio de veículos de imprensa é formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde em um boletim divulgado às 20h deste sábado (12).

A média móvel de óbitos, também medida pelo levantamento, foi de 643. É um crescimento de 23% em relação a 14 dias atrás. A média móvel de casos é a maior em 117 dias, desde 17 de agosto: 43.414, 25% acima do que há 14 dias.

A "média móvel de 7 dias" faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o "ruído" causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.

O país ultrapassou nesta sexta-feira a marca de 180 mil mortes por Covid-19, um número que era visto como o pior cenário possível da pandemia para o Brasil, segundo um estudo conduzido pelo Ministério da Saúde em abril. A projeção mais otimista referia-se a 30 mil óbitos, valor superado no dia 1º de junho. Em sete capitais brasileiras, a ocupação de leitos de UTI já está acima de 90%.

Plano nacional é apresentado

Criticado pela demora em tratar detalhes sobre a imunização da Covid-19, o governo federal apresentou ontem o seu plano nacional de vacinação ao STF. O programa, cuja data para o início não foi divulgada, pretende imunizar 51,4 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2021.

O plano menciona que o Brasil já tem acordos para a aquisição de100,4 milhões de doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford, AstraZeneca e a Fiocruz a serem entregues até julho de 2021, além de mais 30 milhões de doses no segundo semestre. Também é informada a aquisição de 42,5 milhões de doses por meio da iniciativa Covax Facility. E ainda está na conta, como "em negociação", 70 milhões da Pfizer.

Não é listado o memorando de intenção de compra assinado com o Instituto Butantan para aquisição da CoronaVac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com a a instituição ligada ao governo paulista. Mas o material deixa aberta a possibilidade de inclusão de outros imunizantes: “O Governo Federal disponibilizará crédito extraordinário para aquisição de toda e qualquer vacina que adquira registro de forma emergencial ou regular que apresente eficácia e segurança para a população brasileira”.

Ainda assim, o texto abre possibilidade para mudanças: "o Governo Federal disponibilizará crédito extraordinário para aquisição de toda e qualquer vacina que adquira registro de forma emergencial ou regular que apresente eficácia e segurança para a população brasileira".

No plano, o governo conta que para atender a essa população precisa de 108,3 milhões de unidades de imunizante, levando em conta a aplicação em duas doses e o cálculo de vacinas que acabam sendo desperdiçadas no processo.

O gerente geral de medicamentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Gustavo Mendes, afirmou que ainda não há solicitação para vacinação emergencial contra a Covid-19 no Brasil. Os EUA aprovaram na última terça-feira (8) o uso do imunizante da Pfizer, que começou a ser aplicado na semana passada no Reino Unido:

“Para alguma população específica, tendo em vista a sua urgência e a sua suscetibilidade à doença, é possível que a Anvisa já aprove o uso emergencial aqui no Brasil”, afirmou Mendes, em entrevista à Globo News. “É claro que a gente leva em consideração o que outras agências já fizeram. A gente não quer fazer retrabalho aqui na Anvisa. Já estamos preparados para avaliar os pontos críticos que são específicos para o Brasil para ser o mais ágil possível”, concluiu.

Valedoitaúnas/Informações O Globo



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