Borana: de São Mateus para o mundo
25 de novembro de 2022Por indicação do presidente Paulo Fundão, empresa genuinamente mateense recebe reconhecimento dos vereadores
Foto: Divulgação/Secom/CMSM
Com investimentos de apenas R$ 360 para compra de matéria-prima no Polo de Confecções da Glória, em Vila Velha, nascia em 2010 a Borana. Focada em trabalho, criatividade e estilo próprio, a empresa brilhou no São Paulo Fashion Week (SPFW) e ganhou o mundo, exportando seus produtos para diferentes países. A convite do presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Fundão, o representante Jorge Luiz Maciel de Aguiar, o Jorginho, participou da sessão ordinária desta semana, em que utilizou a Tribuna Livre e ainda recebeu o certificado da Moção de Congratulação, aprovada por unanimidade no dia 16.
Ao homenagear a Borana, Paulo Fundão enfatizou “orgulho muito grande”, como mateense, de ver o sucesso da empresa, “gerando empregos, em nível de Estado do Espírito Santo, de Brasil e de mundo”. Num estímulo aos empreendedores da Cidade, o presidente da Câmara salientou que na Borana tudo começou com uma ideia. “E com uma ideia a empresa genuinamente mateense foi parar em Macau, na China. Andou o mundo, e vai continuar andando o mundo”, destacou o autor da homenagem à Borana. “É mais do que justa esta singela homenagem diante da grandeza deste empreendimento”, completou.
CONQUISTAS
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Relatadas por Jorginho Aguiar, as conquistas da Borana entusiasmaram os vereadores. Desde os primeiros biquínis ainda artesanais, até a abertura ao comércio internacional, sempre foi necessárias persistência e sensibilidade a fim de identificar nichos em moda praia, fitness e casual. Jorginho lembra que a primeira cliente foi uma jovem portuguesa, estudante de Direito, que acabou custeando o curso com o que arrecadava revendendo os biquínis da Borana na Europa.
O empreendedor ressalta que não é fácil investir no País, que, segundo ele, apresenta, entre outros entraves, o que chamou de manicômio fiscal. “Quando vir uma empresa pequena crescendo, acredite nela”, recomendou. Ele enfatiza que é preciso quebrar tabus e descartar superstições que atingem a autoestima de mateenses. “Aqui não existe cabeça de jegue, não existe nada disso”, afirmou.
O empresário, que é músico e atuou na Lira Mateense, ressalta que São Mateus apresenta muitos talentos, no esporte, na arte e também na moda. “O que temos que fazer é prestigiar. O prestígio é muito mais importante no começo”, completou.
Aos vereadores, Jorginho relatou a odisseia que foi conquistar o direito de mostrar os produtos Borana, em desfiles coletivos e solo, num dois maiores eventos de moda do Planeta, o São Paulo Fashion Week. Com uma marca até então desconhecida, e um lastro histórico de um dos municípios mais antigos do País, a Borana fez o melhor desfile da edição 47 da SPFW, disputando com as marcas mais renomadas do País, como relata o empreendedor.
Por essa performance a empresa rompeu as fronteiras do País e foi parar até em Macau, na China. Esse feito histórico colocou a Borana também na mira da pirataria. A empresa teve ainda um de seus modelos utilizados em live pela popstar Anitta, complementa Jorginho Aguiar.
De acordo com o empresário, hoje a Borana oferece em São Mateus, 87 empregos diretos e mais de 60 famílias atuam de forma indireta, com prestação de serviços na cidade e região. Porém, segundo Jorginho, a maior parte da produção é confeccionada no Rio de Janeiro. Conforme explicou, para atender a demanda na alta temporada a empresa precisaria ter 500 costureiras.
Jorginho salientou que, apesar do desemprego, há também carência de pessoas capacitadas. Por conta disso, a empresa atua até na área social, capacitando mulheres para a prestação de serviços, inclusive em parceria com a Comunidade Morro da Arara. O empreendedor afirma que a Borana trata todo o esgoto que produz, além de priorizar geração de energia solar e até manter uma horta orgânica com produção dirigida aos funcionários.
MERCADO
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Com uma franquia em São Mateus, a Borana tem lojas próprias na Praia do Canto, em Vitória, e em shopping de Vila Velha, em Ipanema e também no Barra Shopping, o maior da América Latina, na capital fluminense. Para 2023, à espera da estabilidade política, pretende abrir mais quatro lojas no Nordeste e três lojas em São Paulo. “Temos também projeto de internacionalização”, adianta.
Recentemente, com apoio da Prefeitura e intercâmbio com organizações sociais, a Borana realizou uma feira em São Mateus. Na semana seguinte, partiu para duas feiras internacionais: em Nova York, nos Estados Unidos, e em Milão, na Itália.
VEREADORES
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Os vereadores Carlinho Simião, Cristiano Balanga e Delermano Suim também enalteceram as conquistas da Borana num segmento tão complexo que é o de moda. Balanga inclusive propôs parceria junto com a comunidade do Bairro Esplanada (Seac).