Vítima, com 250 kg, é acumulador compulsivo e precisou de ajuda após situação sair do controle

Grande quantidade de lixo foi removida do apartamento – Foto: Reprodução Twitter/@enricross1964

Bombeiros argentinos realizaram, na manhã desta quinta-feira (25), o resgate de um homem de 250 quilos que estava preso entre pilhas de lixo em seu apartamento na cidade de Barcelona. Alejandro, de 48 anos, sofre de obesidade mórbida e problemas com acúmulos compulsivos.

Segundo o jornal El País, a vítima não saía de casa desde o início da pandemia, quando começou a trabalhar pelo formato home office. As autoridades foram acionadas nesta manhã depois que Alejandro sofreu uma queda em casa, e não conseguiu se levantar sozinho.

A quantidade de lixo na residência e as limitações físicas de Alejandro fizeram com que o homem ficasse preso na própria casa. O resgate levou mais de 7 horas. Os bombeiros precisaram utilizar uma escavadeira pela janela, para retirar sacos, plásticos, caixas e outros detritos acumulados na casa do homem.

Alejandro foi levado para o hospital assim que se libertou da pilha de lixo. Segundo o jornal, ele sofre da síndrome de Diógenes, que pode levar ao descuido extremo com a higiene pessoal, isolamento social, comportamento paranoico, acumulo compulsivo, entre outros.

A prefeitura cuidava do caso de Alejandro, que, além do distúrbio psquico, lida com a obesidade mórbida. Porém, segundo levantamentos do El País, fiscalizações devidas e presenciais não acontecem desde 2015.

Os vizinhos da vítima, estranhando a reclusão do homem, tentaram alertar as autoridades de que algo poderia 'estar errado' algumas vezes, mas o Sistema Médico de Emergência e os bombeiros locais não investigavam o caso a fundo.

As autoridades competentes se limitavam a ligar para Alejandro, que dizia que estava tudo bem, quando sua condição de saúde, na realidade, só piorava. Alejandro está internado no hospital Bellvitge e sua vida não está em perigo, de acordo com fontes policiais.

O caso está sendo investigado e a prefeitura irá analisar se Alejandro têm condições de voltar para casa sozinho. O chefe de ação social e comunitária de Barcelona lamentou que a situação tenha sido tão negligenciada.

(Fonte: R7)