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Bolsonaro se reúne com governadores, anuncia ajuda a estados e defende congelamento de salário de servidores até o fim de 2021

21 de maio de 2020

Na abertura da reunião virtual com governadores, presidente reforçou solicitação para servidores não terem reajuste até o fim de 2021

Bolsonaro se reúne com governadores, anuncia ajuda a estados e defende congelamento de salário de servidores até o fim de 2021Bolsonaro era cobrado por liberação de verbas – Foto: Joédson Alves/EFE

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) abriu a reunião com os governadores, nesta quinta-feira (21), anunciando que vai sancionar o socorro a Estados e municípios, mas, em troca, pede o congelamento do salário dos servidores estaduais até o fim de 2021.

"O motivo dessa pauta é falar para os senhores, porque temos que trabalhar em conjunto, a sanção de um projeto que é uma continuidade e de outras leis há pouco aprovadas, de um auxílio, um socorro, aos senhores governadores de aproximadamente R$ 60 bilhões também extensivo a prefeitos", disse.

Vale destacar que a sanção do auxílio a Estados e municípios depende de publicação no DOU (Diário Oficial à União). Isso pode ocorrer ainda nesta quinta-feira (21), em edição extra.

O presidente disse ainda que é necessário um "esforço de todos na busca de minorar problemas e atingir na ponta da linha aqueles que são afetados por essa crise, que não sabemos sua dimensão, mas sabemos que ela prejudicou em muito o Brasil, mas o mundo todo".

Em troca, o presidente da República pediu aos governadores pela "manutenção de um veto muito importante, largamente discutido, que atinge parte dos servidores públicos" até 31 de dezembro de 2021.

"A gente pede o apoio dos senhores da manutenção do salário dos servidores. Inicialmente se falou em cortes de 25%, mas, em comum acordo com os poderes, chegamos à conclusão que seria importante congelar os vencimentos até o fim do ano que vem".

Em sua fala, logo a seguir, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que era de extrema importância a sanção presidencial ao projeto, por garantir as políticas de combate ao coronavírus no país.

"Esses recursos vão certamente nessa linha. Tenho certeza que todos unidos, os resultados serão muito melhores para toda a população brasileira", disse.

Terceiro a falar no encontro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), declarou que o auxílio aos estados era uma demanda histórica.

"A Câmara fez a sua parte, construiu um texto e promoveu o debate. Se estamos hoje chegando aqui para esse encontro, liderados pelo presidente da República, a gente pode construir a várias mãos esse entendimento", explicou.

Uma das principais cobranças dos governadores na reunião, organizada pela Secretaria de Governo, é a liberação do socorro aos Estados e municípios. Aprovado no início deste mês pelos deputados e senadores, o projeto espera a sanção presidencial.

Bolsonaro tem adiado a ratificação do projeto, o que tem preocupado os governadores, uma vez que argumentam sobre a necessidade da ajuda do governo federal.

Nesta última segunda-feira (18), a Confederação Nacional de Municípios (CNM), entidade que representa mais de 5.000 prefeitos do país, encaminhou ao presidente um pedido para que ele vete o reajuste salarial a servidores públicos, previsto no plano de socorro.

Valedoitaúnas/Informações R7



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