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Bolsonaro sanciona projeto que estende empréstimos para micro e pequenas empresas até 2024

26 de maio de 2022

De acordo com equipe econômica, cerca de 13 milhões de microempreendedores individuais serão beneficiados com medida

Bolsonaro sanciona projeto que estende empréstimos para micro e pequenas empresas até 2024Presidente Jair Bolsonaro – Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro sancionou, nessa quarta-feira (25), o projeto que altera o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), criado durante a pandemia de Covid-19, e garante os empréstimos aos beneficiários até 2024.

Com base em cálculos feitos pela equipe econômica, o governo estima garantir R$ 50 bilhões em créditos para micro e pequenas empresas. Nesta rodada, o programa vai abranger, ainda, cerca de 13 milhões de microempreendedores individuais, os chamados MEIs.

A proposta visa facilitar empréstimos aos micro e pequenos empresários. Em 2021, Bolsonaro sancionou a lei que tornava o Pronampe política de crédito permanente. O projeto tem o respaldo do Fundo de Garantia de Operações (FGO), garantidor de parte dos riscos pela concessão de crédito a microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.

No projeto original, os recursos não utilizados do FGO deixariam de ser devolvidos ao Tesouro. Durante a tramitação, a relatora, senadora Kátia Abreu (PP-TO), considerou que não seria possível revogar o dispositivo que determina a devolução, por se tratar de créditos extraordinários, e propôs como contrapartida o adiamento, por três anos, do início das devoluções. Na prática, permite-se a continuidade dos empréstimos até 2024.

"O nosso governo, em 2020 e 2021, (com a) pandemia pegando pesado, falta de água e, agora, guerra, nós criamos aproximadamente 3 milhões de empregos, e grande parte veio das pequenas e microempresas, que são quem realmente emprega em nosso país", disse Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto.

Na cerimônia, Bolsonaro voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e decisões proferidas durante a pandemia de Covid-19. "Eu não tive como exercer o comando da pandemia, porque, do lado de lá (da Praça dos Três Poderes), o Supremo disse que a última palavra era dos governadores e prefeitos, mas nós fizemos a nossa parte", disse.

O plenário do STF confirmou decisão, dada inicialmente pelo ministro Alexandre de Moraes, que assegurou aos estados, Distrito Federal e municípios liberdade para adotar medidas de combate à pandemia.

A decisão ressalta, no entanto, que as medidas devem se fundamentar em orientações dos órgãos técnicos correspondentes, resguardada a locomoção de produtos e serviços essenciais definidos por ato do chefe do Executivo.

Programa

O programa Crédito Brasil Empreendedor foi lançado pelo governo no mês passado. Um dos destaques é a Medida Provisória do Crédito, que deverá alavancar R$ 23 bilhões em financiamentos. A medida altera a legislação que disciplina diversos programas de financiamento público e acesso ao crédito em vigor.

Do total a ser alavancado em financiamentos pela medida, R$ 21 bilhões referem-se ao Programa Emergencial de Acesso a Crédito – Fundo Garantidor para Investimentos; e R$ 2 bilhões, ao Fundo Garantidor da Habitação Popular.

As micro e pequenas empresas (MPE) representam 99% do total das empresas brasileiras e são responsáveis por 62% dos empregos e por 27% do Produto Interno Bruto (PIB).

A medida é da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade, do Ministério da Economia, que afirma que a maior parte do dinheiro a ser movimentado é dos bancos. A expectativa é que o programa movimente em torno de R$ 50 bilhões em créditos junto aos bancos.

"Os recursos estavam parados nos bancos. O Tesouro não terá desembolso", diz a secretária Daniella Marques. "Com as medidas, o crédito foi ampliado e atinge um leque maior de empreendedores. Estamos democratizando o acesso ao crédito em condições antes disponíveis apenas para empresas maiores", completa.

Valedoitaúnas (R7)



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