Bolsonaro fala em acionar Justiça contra Petrobras por aumento de combustíveis
13 de maio de 2022O presidente, no entanto, não detalhou como seria esse processo e nem quais argumentos seriam usados na ação
Bolsonaro fala em acionar Justiça contra Petrobras por combustíveis – Foto: Reprodução
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nessa quinta-feira (12) que irá recorrer à Justiça para tentar reduzir os preços dos combustíveis pela Petrobras. A alta nos preços do diesel e da gasolina é uma das maiores preocupações política do governo neste momento. Teme-se que a inflação elevada prejudique a popularidade do presidente neste ano eleitoral.
Bolsonaro, no entanto, não detalhou como seria esse processo e nem quais argumentos seriam usados na ação. A Petrobras reajustou em 8,87% o preço médio de venda do diesel no começo desta semana.
"Esperamos aqui redução de preço. Vamos ter que recorrer à Justiça. Sabemos que quando eu recorro é quase impossível eu ganhar, isso quando se coloca em votação", afirmou Bolsonaro na live semanal, em algo que pode ser entendida como uma crítica indireta á Justiça ou ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro afirmou que “está fazendo o possível” para fazer a Petrobras “entender qual é o seu papel social”. Ele comentou sobre a demissão do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e disse que espera “fazer mudanças de pessoas” para buscar a redução do preço.
"Estamos fazendo o possível, sem interferência, para fazer a Petrobras entender qual é o seu papel. Entender como? Fazendo mudanças. Como nós fizemos aqui no Ministério de Minas e Energia", disse, completando: "A gente espera fazer mudanças de pessoas, a gente pode fazer, buscar melhorar, diminuir o preço do combustível no Brasil".
Bolsonaro reafirmou que a saída de Bento Albuquerque foi a pedido e cita um problema na Petrobras que fez com que o ex-ministro assinasse a demissão.
"Uma pessoa excepcional, fez um trabalho muito bom em várias outras áreas, mas tínhamos um problema na Petrobras e ele resolveu assinar a sua saída do Ministério de Minas e Energia".
O presidente, no entanto, não citou o novo ministro, Adolfo Sachsida.
Bolsonaro já havia recorrido à Justiça sobre combustíveis. Seu governo consultou o TSE sobre a legalidade de reduzir impostos sobre combustíveis em ano eleitoral, mas a corte não analisou o caso. O presidente também ameaçou processar os governadores contra o ICMS dos combustíveis em fevereiro, mas não levou o caso adiante.
Por outro lado, ele já fez diversas de mudanças em sua equipe do setor. O atual presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, é o terceiro a assumir a estatal no governo Bolsonaro. Seus antecessor, Joaquim Silva e Luna, foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro após impasse com o aumento dos combustíveis.
A indicação de José Mauro ao comando da Petrobras ocorreu dois dias após a desistência de Adriano Pires, que era o indicado para o posto, em razão de conflito de interesses.
Para o posto de presidente do conselho, foi eleito Márcio Andrade Weber. Ele foi indicado pela União após Rodolfo Landim, presidente do Clube de Regatas do Flamengo, ter recusado o convite, após ter a indicação que também não passaria pelo controle da companhia, novamente por conflito de interesses.
Valedoitaúnas (iG)