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Bolsonaro diz que deve anunciar novo ministro da Educação ainda nesta sexta-feira (10)

09 de julho de 2020

Presidente disse que já avaliou currículos, conversou com 5 ou 6 candidatos e que não vai demorar para apresentar um nome para a pasta

Bolsonaro diz que deve anunciar novo ministro da Educação ainda nesta sexta-feira (10)Jair Bolsonaro – Foto: Reprodução/Facebook

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou se nesta quinta-feira (9), durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que deve definir o novo ministro da Educação ainda esta semana.

“Eu espero aí amanhã colocar um ponto final na questão do Ministério da Educação. É um grande problema, tem muita gente boa. Por outro lado, tem muita gente boa, mas quando vê o tamanho do problema que é ser ministro da Educação, a pessoa recua, às vezes até pela idade, sabe é que uma luta bastante grande. Mas uma verdade: nós temos que começar a mudar a educação no Brasil porque o que foi feito até agora, até o começo do nosso mandato, não deu certo”, disse Bolsonaro.

O presidente afirmou que o futuro ministro tem que ser uma pessoa que promova o diálogo com todas as esferas da educação. “O que não é fácil, né?”, disse. “Essa é a nova vontade: ter uma pessoa lá, realmente, conciliadora”.

Bolsonaro revelou que já recebeu vários currículos e que conversou com cinco ou seis candidatos pessoalmente. “Tem pressão? Tem. Mas eu não posso botar as pessoas por indicação, por pressão. A gente analisa o currículo de todo mundo”, garantiu.

“Mas a gente espera amanhã resolver essa questão aí do Ministério da Educação, uma questão bastante importante, né, como os demais ministérios, mas tem um simbolismo todo especial a educação do Brasil e, se Deus quiser, a gente vai acertar com um nome que devemos indicar amanhã [sexta]”.

Desde o início do atual governo, em 1º de janeiro de 2019, o MEC já teve três ministros – todos se envolveram em algum tipo de polêmica que resultou em demissão (relembre os casos mais abaixo).

Cadeira vazia

O Ministério da Educação está sem ministro há mais de 20 dias. O cargo foi desocupado após a demissão de Abraham Weintraub, que teve problemas com a Justiça ao chamar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de “vagabundos”.

Weintraub ficou 14 meses à frente do MEC e, assim como seu antecessor, Ricardo Vélez, colecionou uma série de polêmicas.

A gestão de Vélez frente ao MEC durou pouco mais de três meses. No período em que comandou a pasta, houve ao menos 14 trocas em cargos importantes no ministério, editais publicados com incongruências, e que depois foram anulados, além de frases polêmicas de Vélez, que levaram a críticas.

Para o lugar de Weintraub, o professor Carlos Alberto Decotelli foi nomeado. Apesar da nomeação ter saído no Diário Oficial da União (DOU), ele não chegou a tomar posse no cargo.

Decotelli ficou cinco dias no MEC e foi demitido após irregularidades em seu currículo. Com a rápida passagem pelo governo, o professor foi o ministro mais breve da história da Educação.

Ainda na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro convidou o atual secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, para assumir o cargo de ministro da pasta. No entanto, após pressão e resistência da ala ideológica, Bolsonaro declinou do convite.

Valedoitaúnas/Informações Metrópoles



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