Home - Economia - Bolsonaro desiste do Renda Cidadã e retomará Bolsa Família, diz...

Bolsonaro desiste do Renda Cidadã e retomará Bolsa Família, diz jornal

02 de dezembro de 2020

Ampliação do programa para atender parcela mais vulnerável da população só deve ser discutida em fevereiro

Bolsonaro desiste do Renda Cidadã e retomará Bolsa Família, diz jornalJair Bolsonaro desistiu do Renda Cidadã e retomará Bolsa Família em 2021, segundo jornal – Foto: Marcos Corrêa/PR

Sem acordo, governo e líder do Congresso descartaram a criação do Renda Brasil neste ano. Dessa forma, a partir de janeiro, quando acaba o benefício emergencial, fica mantido o Bolsa Família. A decisão foi tomada depois de conversas de parlamentares com os ministros da Economia, Paulo Guedes, da Secretaria de Governo, Eduardo Ramos e o presidente Jair Bolsonaro, nos dois últimos dias. A informação é do jornal O GLOBO.

Uma eventual ampliação do Bolsa Família para incluir uma parcela vulnerável da população que ficará desassistida com o fim do auxílio emergencial só deverá ocorrer a partir de fevereiro, quando for discutido o orçamento da União 2021. Vai depender da existência de margem orçamentária, disse um interlocutor do governo. Segundo essa fonte, o balanço feito nas últimas rodadas de conversas é de que será preciso caminhar na direção de reforçar o compromisso do governo com a disciplina fiscal.

No domingo, o presidente Jair Bolsonaro disse, novamente, que daria "cartão vermelho" para quem voltasse a falar em Renda Cidadã.

Diante do calendário apertado no Congresso, neste ano somente deverá ser votada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), marcada para 16 de dezembro. A aprovação desta proposta é importante para evitar uma paralisação da máquina pública no início de 2021.

Havia expectativa de que o relator das propostas de corte de gastos, senador Márcio Bittar (MDB-AC), incluísse no parecer o Renda Brasil. Mas isso foi descartado, afirmou um líder do governo.

O relatório de Bittar virá apenas com medidas de corte de despesas, como introdução de gatilhos no serviço público, corte de renúncias fiscais, com exceção do Simples e incentivos regionais, enxugamento dos fundos públicos, para liberar receitas, e a desindexação do orçamento, dando liberdade ao Congresso para alocação os recursos. A expectativa é que o parecer seja apresentado no início da próxima semana.

O segundo passo, explicou uma fonte envolvida nas negociações, será fazer uma sondagem no Senado para aferir a receptividade do parecer e possibilidade de fazer a proposta avançar pelo menos na Casa ainda em 2020. A estratégia agora será abrir margem no orçamento e depois discutir a ampliação de gastos com o programa social se for possível aprovar as medidas de corte de despesas sugeridas.

O Bolsa Família atende 14,2 milhões de famílias, o equivalente a 20 milhões de pessoas. O orçamento previsto para o programa em 2021 é de R$ 35 bilhões. O auxílio emergencial atinge um público superior a 67 milhões de pessoas, incluindo os beneficiários do Bolsa Família. O benefício foi criado em abril para amparar a população mais necessitada diante dos efeitos da pandemia do novo coronavírus na economia. Começou com parcelas mensais de R$ 600 e baixou para R$ 300. O valor médio do Bolsa Família é de R$ 192,00.

Valedoitaúnas/Informações iG



banner
banner