Bolsonaro defende reabertura da economia e quer ampliar atividades essenciais
07 de maio de 2020Depois de visita ao STF, presidente declarou que a lista crescerá 'nas próximas horas ou nos próximos dias'
Presidente quer reabertura da economia e afirmou que agirá após visitar o STF – Foto: Divulgação
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (7) que vai ampliar a lista de atividades que são consideradas essenciais e, portanto, poderão funcionar normalmente em meio à pandemia de coronavírus. O primeiro setor a entrar para o rol será o da construção civil – Bolsonaro disse que assinou o decreto no início desta tarde.
Acompanhado de ministros e de representantes de setores da economia, o presidente reuniu-se nesta quinta-feira (7) com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli. Por determinação do STF, governadores e prefeitos têm a atribuição de definirem medidas restritivas de circulação e de fechamento de comércio.
O presidente vem criticando o que considera excessos de autoridades estaduais e municipais e defende a reabertura de um maior número de estabelecimentos comerciais.
“Tem decreto presidencial que definiu atividades essenciais, aquelas que não podem parar. Acabei de assinar decreto aqui colocando nesse rol de atividades essenciais a construção civil. Outras virão nas próximas horas ou nos próximos dias. O que não está no decreto e ficou decidido, segundo o Supremo Tribunal Federal, que estados e municípios diriam se poderiam ou não funcionar essas categorias”, disse Bolsonaro.
De acordo com o presidente, a reabertura terá que ser feita com “responsabilidade” e respeitando as normas do Ministério da Saúde. A pasta ainda não apresentou as diretrizes que devem orientar os gestores públicos a relaxarem ou endurecerem a política de isolamento social.
“Alguns estados, não estou brigando com ninguém, pelo amor de Deus, no entendimento de muita gente, dos empresários, exageraram. É comum acontecer, faz parte da razão do ser humano, então vamos começar a colocar mais categorias essenciais para nós podermos abrir com responsabilidade e observar as normas do Ministério da Saúde, de modo que cada vez mais rápido nós possamos voltar à atividade normal. Caso contrário, depois da UTI é o cemitério, e não queremos isso para o nosso Brasil”, destacou Bolsonaro, em referência a deterioração de indicadores econômicos.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem 125.218 casos de coronavírus, com 8.536 mortes. Na quarta-feira, dia anterior ao anúncio do presidente, o país teve recorde de casos novos (10.503) e de óbitos (615).
Valedoitaúnas/Informações iG