Bolsonaro cita endividamento "monstruoso" e nega que auxílio será ampliado
19 de outubro de 2020"Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio", disse o presidente, que defendeu que o país está saindo da crise
Bolsonaro cita endividamento "monstruoso" e diz que "não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio", negando ampliação – Foto: Isac Nóbrega/PR
O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar nesta segunda-feira (19) a impossibilidade de prolongar o auxílio emergencial, previsto para acabar no fim deste ano. A declaração foi dada a apoiadores no Palácio da Alvorada.
"Eu sei que os R$ 600 é pouco para quem recebe, mas é muito pro Brasil, são R$ 50 bilhões por mês, e tem que ter responsabilidade para usar a caneta Bic. Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio porque realmente esse endividamento é monstruoso, mas o Brasil está saindo da crise, pelo que os números estão mostrando o Brasil está saindo da crise", disse Bolsonaro.
A declaração ocorre em um momento que o governo tenta encontrar forma de financiar o Renda Cidadã, programa assistencial pensado para substituir o Bolsa Família. Na sexta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que se não encontrar espaço fiscal para fazer o novo programa social denominado Renda Cidadã, o governo vai continuar com o Bolsa Família.
"Se não encontrarmos espaço fiscal para fazer um programa melhor, vamos voltar para o Bolsa Família. É melhor voltar para o Bolsa Família que promover um programa irresponsável", afirmou durante evento virtual da XP Investimentos.
A ideia inicial de extinguir programas sociais já existentes, como o seguro defeso e o abono salarial, para financiar o Renda Brasil, foi abandonada após o presidente dizer que não iria "tirar dos pobres para dar aos paupérrimos".
Em seguida, o governo anunciou que usaria parte da verba destinada ao pagamento de precatórios e recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para financiar o programa, já com o nome Renda Cidadã. Essas fontes de financiamento, no entanto, foram mal recebidas pelo mercado e o governo desistiu de usá-las.
Valedoitaúnas/Informações iG