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Beirute tem bombas de gás e focos de incêndio em novos protestos

09 de agosto de 2020

População foi às ruas em mais um dia de manifestações contra o governo libanês por explosão na zona portuária que deixou centenas de mortos

Beirute tem bombas de gás e focos de incêndio em novos protestosManifestantes atearam fogo em prédio – Foto: Reprodução/Twitter

A cidade de Beirute, no Líbano, voltou a ter mais um dia de protestos neste domingo (9) em decorrência de explosão na zona portuária da capital libanesa que deixou quase duzentos mortos e centenas de feridos. Manifestantes entraram novamente em confronto com a polícia, que revidou com disparo de bombas de gás lacrimogêneo.

Durante as manifestações, foram registrados focos de incêndio na cidade e os participantes arremessaram pedras contra o prédio do Parlamento do Líbano. Alguns dele, inclusive, pegavam as bombas disparadas pela polícia com as mãos e jogavam de volta em direção às tropas.

Devido à escalada de tensão nas ruas, dois ministros do governo libanês renunciaram ao cargo hoje. Eles deixaram suas cargos fazendo críticas ao primeiro-ministro.

Segundo a agência de notícias Al-Jazeera, pelo menos 728 pessoas ficaram feridas nos confrontos com as autoridades, sem informar se o número se refere aos atos apenas deste domingo ou inclui os realizados de ontem. Um policial também foi morto.

No sábado, uma mobilização foi marcada por ataques a ministérios. Eles foram realizados por manifestantes irritados com a classe política, que é acusada de negligência após as explosões em Beirute.

O primeiro-ministro Hassan Diab anunciou em discurso televisionado neste sábado que vai propor antecipar as eleições no país para aliviar a crise que se instaurou.

Hassan Diab afirmou que está disposto a permanecer no cargo de primeiro-ministro até que o parlamento libanês possa organizar novas eleições no país. "Convido as partes a chegarem a um acordo sobre o próximo passo. Proporei na segunda-feira no governo a convocação de eleições antecipadas. Estamos em estado de emergência quanto ao destino e ao futuro do país", afirmou Diab.

Valedoitaúnas/Informações iG



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