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Bases que abrigam tropas dos EUA são atacadas no Iraque

07 de janeiro de 2020

Bases que abrigam tropas dos EUA são atacadas no Iraque

Duas bases no Iraque que abrigam forças americanas e iraquianas foram atingidas por mais de uma dúzia de mísseis na noite desta terça (7) – madrugada de quarta (8) no horário local –, informou o Pentágono.

A base aérea de Ain Al-Asad (foto), no oeste do país, é uma das que foram atingidas, e a outra está em Erbil, na região curda do Iraque.

A Guarda Revolucionária do Irã assumiu a responsabilidade pelos lançamentos dos mísseis, mas inicialmente reconheceu ter atingido apenas a base de Al-Asad. Uma fonte de segurança do Iraque disse à CNN que 13 foguetes atingiram a base, e que eles foram lançados de uma distância de cerca de 10km.

Ainda segundo fontes de segurança do Iraque, há relatos de vítimas iraquianas, mas não há informações sobre quantas são ou se elas foram mortas ou feridas. Autoridades americanas informaram à CNN que não há relatos de vítimas dos EUA.

Um porta-voz das forças armadas da Noruega disse à Associated Press que cerca de 70 soldados noruegueses estavam na base de Al-Asad, mas que não houve relatos de feridos.

Mais cedo, uma rede estatal de TV iraniana havia informado que “dezenas de mísseis” foram lançados contra a base de Al-Asad. O Pentágono confirmou os lançamentos. Segundo a rede de televisão árabe “Al Mayadeen”, citada pela Reuters, há helicópteros americanos na cena e um estado de “alerta total” foi ativado.

                “Está claro que esses mísseis foram lançados do Irã”, declarou o Pentágono. “Estamos                            trabalhando em avaliar os danos iniciais da batalha”.

O presidente americano, Donald Trump, está a par do ataque, segundo a AP. “O presidente foi informado e está monitorando a situação de perto e consultando sua equipe de segurança nacional”, disse a Casa Branca em comunicado. Trump deve se dirigir à nação ainda nesta noite.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e o secretário da Defesa, Mark Esper, estão na Casa Branca, segundo a rede CNN.

De acordo com a rede de TV iraniana, o ataque é parte da operação de vingança de Teerã, chamada de “Mártir Soleimani”, contra a morte do general Qassem Soleimani, morto na semana passada em um ataque aéreo americano no Iraque. O comandante era chefe da Força Quds, unidade de elite da Guarda Revolucionária iraniana.

“Estamos alertando todos os aliados dos americanos, que deram suas bases ao seu exército terrorista, de que qualquer território que seja ponto de partida de atos agressivos contra o Irã será alvo”, declarou a Guarda Revolucionária do Irã por meio da Irna, a agência de notícias oficial iraniana.

A guarda também ameaçou Israel e alertou os Estados Unidos de que retirem tropas da região para evitar a morte de mais soldados.

A base aérea de Ain Al-Assad fica no oeste do Iraque, na província de Anbar. Começou a ser usada pelas forças americanas depois da invasão do Iraque pelos EUA em 2003, que derrubou Saddam Hussein. As tropas americanas também ficaram lá durante o combate contra o Estado Islâmico. Cerca de 1,5 mil soldados estão abrigados ali, segundo a AP.

Valedoitaunas/G1

Foto: AP Photo/Nasser Nasser



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