Bandes articula captação de recursos com fundos climáticos estrangeiros
29 de outubro de 2021Sede do Bandes, em Vitória – Foto: Divulgação
Com o objetivo de ampliar as ações focadas no desenvolvimento sustentável dentro das políticas públicas do Governo do Estado, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) vai buscar a captação de recursos não reembolsáveis de fundos climáticos estrangeiros. Os recursos poderão subsidiar financeiramente o programa Reflorestar, que tem o Bandes como agente técnico e financeiro do programa.
O diretor-presidente do Bandes, Munir Abud de Oliveira, destaca que o banco busca constantemente alternativas de captação recursos para reforçar sua capacidade de dar suporte ao desenvolvimento capixaba.
"Os recursos do Reflorestar vêm do Fundágua, fundo público estadual que permite aporte de recursos internacionais. Tendo isso em mente, e pensando na sustentabilidade financeira do Reflorestar para os próximos anos, estamos buscando a captação de recursos não reembolsáveis com o BID com fundos climáticos estrangeiros. A ideia é seguirmos com algo semelhante ao modelo de operação praticado por Noruega e Alemanha com o Fundo Amazônia, administrado pelo BNDES", explica o diretor-presidente.
Diretor-presidente do Bandes, Munir Abud de Oliveira – Foto: Divulgação
Munir Abud de Oliveira complementa que para aumentar a segurança hídrica do Estado é fundamental aliar a consciência sobre os recursos naturais e seu manejo à geração de oportunidade e renda para o produtor rural, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis. “No Espírito Santo, a recuperação e a preservação das áreas com cobertura florestal e o bom uso dos recursos hídricos têm como aliado o Reflorestar. Ao ampliar a capacidade financeira do programa, podemos, por consequência, ampliar seus resultados, recuperando e ampliando a cobertura florestal, com geração de oportunidades e renda para o produtor rural”, enfatiza Abud de Oliveira.
A promoção da política de desenvolvimento equilibrado tem o Bandes como um de seus principais agentes. Para cumprir este papel o banco precisa ser saudável em seus números e, ao mesmo tempo, poder oferecer novos instrumentos na captação de recursos tornando o banco cada vez mais sólido e independente.
Fundos de conservação climática com recursos internacionais não são inéditos no Brasil. Criado em 2008, o Fundo Amazônia, com gestão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tem como objetivo fomentar projetos que combatam o desmatamento na floresta por meio de doações de países e empresas. Os governos da Alemanha e da Noruega, por exemplo, são os principais financiadores.
O Programa Reflorestar é uma iniciativa do Governo do Espírito Santo, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama) e que tem o Bandes como agente técnico e financeiro do programa. Seu objetivo principal é ampliar a cobertura florestal, com geração de oportunidades e renda para o produtor rural, por meio da adesão de práticas de uso amigável do solo. O pagamento dos serviços ambientais é mais uma alternativa de geração de oportunidades e renda para o produtor rural. Os valores variam de acordo com a modalidade de preservação e a extensão de área preservada. Ao banco capixaba cabe fazer a operação financeira, repassando e monitorando a aplicação dos recursos pelos produtores.
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