Bancos não poderão cobrar taxas sobre Auxílio Brasil, diz ministro
01 de outubro de 2022Grandes bancos já se posicionaram contra a linha de crédito
Auxílio Brasil – Foto: Agência Brasil
O ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, disse em entrevista nessa sexta-feira (30) que bancos não poderão cobrar nenhum tipo de taxa para famílias que optarem pelo crédito consignado do Auxílio Brasil. Ele destacou ainda que o teto de juros a serem permitido é de 3,5% ao mês.
"O empréstimo consignado veio para assessorar as famílias nesse momento de recuperação social que o país passa pelo pós-pandemia. Essas famílias, que se encontram endividadas, às vezes pagando taxa de juros em cartão de crédito da ordem de até 20% ao mês, agora vão poder trocar essa dívida cara por uma dívida barata", disse.
Durante a entrevista, Roberto também destacou que o teto de juros definido para a linha de crédito é de 3,5% ao mês.
A opção citada pelo ministro é que as famílias participantes do benefício pelo crédito consignado é empreendedorismo, já que o programa agora permite que beneficiários criem, por exemplo, microempresa individual sem perder o direito ao auxílio.
"A família consegue, com esse novo benefício do consignado, comprar um equipamento para continuar a sua produção. Muitos profissionais autônomos que, durante a pandemia, tiveram a sua renda prejudicada, muitas vezes chegando a zero e impedidas de ganhar o seu sustento, agora, com essa ferramenta do empréstimo consignado, vão conseguir retomar a sua atividade de trabalho”, disse em entrevista à TV Brasil.
Recentemente, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, prorrogou por 60 dias a vigência da medida provisória (MP) que garante a opção da liberação de crédito pelo Auxílio Brasil.
O Ministério da Cidadania informou recentemente que 17 instituições financeiras haviam feito o pré-cadastro para ofertar a modalidade. Mas não detalhou quais seriam esses bancos. Porém, grandes bancos como Bradesco, Itaú e BMG já se posicionaram contra a possibilidade de ofertar o crédito.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também se posicionou, dizendo que que não há previsão para a concessão do consignado devido a aspectos operacionais, tempo para análise de risco e exigências burocráticas.
Valedoitaúnas (iG)