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Banco Central estuda criação de moeda digital no Brasil

20 de agosto de 2020

Moeda digital seria nova forma de representação do Real, com garantias monetárias do país; Banco Central vê projeto como aprimoramento digital

Banco Central estuda criação de moeda digital no BrasilBitcoin do Brasil? BC está pensando em criar moeda digital estatal – Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O Banco Central (BC) anunciou nesta quinta-feira (20) que vai criar um grupo de estudo para investigar os impactos da uma eventual criação de uma moeda digital no Brasil.

Na nota, o BC aponta que a emissão de moeda digital por bancos centrais (CBDC – central bank digital currency – em inglês) pode “ser uma possibilidade para aprimorar o modelo vigente das transações comerciais entre as pessoas e mesmo entre países”. Um dos objetivos do grupo é propor um modelo de emissão de moeda digital, com identificação de riscos, segurança e proteção dos dados.

O grupo também deve levar em conta os impactos de uma moeda digital na inclusão e na estabilidade financeira do país, além de possíveis efeitos na política monetária e na econômica.

“O BC pretende investigar os alcances de uma CBDC, assim como os benefícios para a sociedade, considerando as especificidades e os desafios do contexto nacional. A iniciativa avaliará, também, como uma moeda eletrônica pode trazer benefícios complementares aos que estão sendo introduzidos com a implantação do Pix, sistema de pagamentos instantâneos, que começa a funcionar em novembro”.

O Banco Central ressalta que uma moeda digital emitida por um banco central é diferente de uma criptomoeda, como o bitcoin. Segundo a autoridade monetária, a moeda digital é apenas uma nova forma de representação do Real, em contraste com criptomoedas, que não tem garantias de um país.

“Essa nova forma de moeda pode provocar mudanças substanciais no Sistema Financeiro Nacional. Dessa forma, o estudo irá comparar os potenciais benefícios de uma CBDC no aprimoramento do bem-estar e na preservação da cidadania financeira de sua sociedade com os riscos inerentes dessa nova forma de pagamento”.

Valedoitaúnas/Informações iG



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